segunda-feira, 28 de maio de 2012

Êxtase e climax




Suspiros que voam em melódicas metáforas,
ais de prazer em noites de amor,
caudais de emoções transbordam o leito da paixão,
corpos em ebulição,
nus, no desalinho de lençóis de cetim!
Pernas que se agitam nas carícias recebidas,
mãos que buscam a pele sedosa,
seios túrgidos pela sucção de boca gulosa,
gemidos sufocados pela excitação,
bocas que se colam,
em desejos de desvario,
sussurrar abafado pelo resfolegar acelerado,
corações em batimento descompassado,
estremecimentos descontrolados!
Sensações de prazer indizíveis,
alternam-se posições,
em galopantes avanços e recuos!
O suor escorre,
respirar ofegante,
mentes cansadas,
corpos saciados,
êxtase e clímax em perfeita simbiose.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Metamorfose



Estou cansado, o meu corpo não obedece à mente,
os meus olhos recusam-se abrir,
caem-me os braços desfalecidos,
doí-me o rosto pela brisa que me sussurra,
congelaram-se-me as ideias,
as minhas pernas petrificaram-se!
Sou um ser quase morto,
ou serei um ser quase vivo?
Só sei que me deixei cair nesta prostração
e que não quero sair!
Não existo mais, sou uma pena flutuante,
o mundo esqueceu-me
e eu consegui esquecer o mundo;
Não ouço mais nada, não quero;
Não vejo, nem me interessa;
Não posso abraçar, não tem importância,
estou só, não tenho a quem abraçar;
Para quê caminhar,
se não há mais caminho para mim,
que fiquem petrificadas as minhas pernas!
O corpo está cansado,
a mente congelada está vazia,
foram-se os pensamentos!
Os olhos humedecem-se na escuridão
e os braços caídos,
não conseguiram acariciá-los!
A respiração é lenta, inaudível,
não sinto mais a brisa,
que me doía o rosto,
talvez eu não esteja mais aqui,
sinto-me em elevação,
creio-me voar,
vejo luz,
talvez tenha encontrado o meu caminho

José Carlos Moutinho

terça-feira, 22 de maio de 2012

Na aurora das emoções




Despertas-me na aurora dos meus sonhos,
com palavras de amor,
no sussurrar da tua melodiosa voz,
que me delicia e me faz deslizar por marés de prazer,
em ondas de excitação!
Tocas-me com as tuas mãos de veludo,
sinto um doce arrepiar
de sensação relaxante!

Quando fazes do teu corpo escora do meu,
ferve-me o sangue em veias de emoções;
A pele explode em transbordante lava,
o coração bate desatinado,
a cabeça perde a razão,
os reflexos afrouxam-se nos abraços,
o teu respirar é o meu respirar!

Os nossos corpos fundem-se num só,
pernas entrelaçadas,
movimentam-se em suaves caricias;
Abraçados, acariciamo-nos
em suaves suspiros,
ou em rápidos e fortes apertos
de intensa volúpia!

As nossas bocas devoram-se,
num beijo de sufocante eternidade,
com as nossas línguas em húmido duelo!

Rodopiamos perdidos no tempo,
banhados no suor do deleite!

Exaustos, aquietamos os corpos,
na exaltação da mente.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Imaginação





Amor, quando me penso em ti,
Imagino um mundo de doces emoções,
em vontades sem limites
faço-te subir pelas nuvens,
onde tocas as estrelas em espasmos de prazer!
Fazes da noite, dia
Em cada abraço meu;
No calor do nosso copular,
o sol explodiria de inveja
e nós simples mortais, seriamos vulcão,
que derramaria lava pelo leito da nossa paixão!
Os pensamentos libertinos voariam
em devassas sensações,
em sinfonias de desejos tresloucados,
atingiríamos a lua que tocaríamos em êxtase!
E, quando na quietude dos movimentos,
antes sôfregos,
voltaríamos abraçados ao luar,
parceiro da nossa acalorada refrega
e, no sossego do suor que nos escorre,
faríamos do beijo que nos sufoca,
a acalmia para a próxima emoção.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Entre folhas secas




Observo as folhas caducas e ressequidas,
que se alojam aos meus pés,
impotentes na sua debilidade,
antes vibrantes, agora empalidecidas!
Esvoaçam na ténue brisa,
entrelaçam-se entre os meus dedos,
como borboletas esvoaçantes
em cores matizadas
que o tempo pintou!

Os meus pensamentos voam
colados nas folhas leves que se afastam de mim,
vagueiam por entre luares de magia,
levam a paz da minha alma
e as cores da paixão que me toma o coração.

Sentado entre as árvores despidas
de um Outono imaginado,
que se faz Primavera,
na minha vontade em ti,
sorrio-me imaginando os teus beijos,
feitos ausentes,
que virão nos perfumes da Primavera
e levarão este Outono da saudade,
para o horizonte das minhas memórias.

Sossego-me nesta bucólica imagem
de sereno pensar,
que me traz instantes vividos,
em dias de sorrisos solares
e noites de luares cantados.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Os teus olhos




Quando as tardes se mascaram de noites
E enganam a saudade de ti
Na melancolia que me sufoca,
Luto por resistir à sensação de breu,
Que me invade a alma
E deixo-me vaguear pelo luar,
Que me traz cintilações de fascínio,
Como os teus olhos...

Mudam-se-me os pensamentos,
As minhas recordações revivem
Momentos passados,
Em que tu me incendiavas,
Com um simples olhar,
Desses teus belos olhos
E te entregavas numa doce volúpia,
Que nos deixava perdidos
Na escuridão que perfumava,
O espaço da nossa paixão,
Iluminado pela luz deslumbrante
Dos teus belos olhos...

Onde as noites se mascaravam de tardes
E enganavam as saudades,
Que eu viria a sentir de ti.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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