Tanto mar, tanto mar...
E o olhar perde-se no
horizonte
Se a bruma não quiser
dificultar
E esconder o que está por
detrás dela,
Talvez o amor que partiu e
quer voltar!
Tanto mar, tanto mar...
Olho em minha volta,
O fascínio toma-me,
Perco-me em pensamentos,
Entre tanto verde, tanto
verde...
De esperança de que a
saudade
Devolva quem teve de partir
um dia,
Deixando esta beleza, que
não alimentava o corpo,
Mas somente a alma e as
ilusões!
Tanto verde, tanto mar...
Lagoas como miragens divinas,
Caldeiras e Fumarolas,
Escaldantes válvulas de
escape
Do respirar dos pulmões da
terra,
Para que esta se acalme e
não irrompa em belas
Porém mortíferas explosões
Dos assustadores vulcões!
Tanto mar, tanto verde...
Simbiose hídrica do azul
belíssimo do mar,
Com a flora transbordante de
vida milenar!
E eu perdi-me no paraíso
desta ilha
De deslumbrante encanto,
Que me recebeu sorridente,
com sol brilhante
Mas também me mostrou, como
pode ser irritante
Com a sua bruma que tudo
esconde.
Obrigado S.Miguel, Um abraço
Açores.
José Carlos Moutinho