segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Quero o meu silêncio





Quero na quietude deste meu tempo,
que o silêncio invada o meu espírito
e acalme a minha alma,
com a paz...
Que só o silencio transmite!

Quero neste meu silêncio,
ainda que o meu coração recuse,
ter serenidade, ilusão e a fantasia,
que só o silêncio,
concede do silêncio em mim!

José Carlos Moutinho

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Frio





Está frio, muito frio...lá fora,
estremeço a cada sopro da brisa
que penetra pela fresta da porta,
ai, como dói o frio deste inverno impiedoso,
que entra nos ossos e nos corrói a vontade!
Aconchego-me mais na manta
que me envolve e me oferece o calor da vida
me faz revigorar...
Acalmo-me no abraço do meu silêncio!

Pior é este frio, que me invade profundamente
atinge o âmago da minha alma,
pelo sofrimento da sua ausência,
é um frio estranho, penetrante, místico,
que não sinto no meu corpo físico,
mas que acutila o meu espirito!

Libertado do frio da natureza
sou acorrentado pelo frio da saudade,
que somente acabará com a volta
do seu corpo quente!

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Dia cinzento





Está triste o dia que se pinta de cinzento,
o sol não sorri,
o céu chora lágrimas frias,
nesta época de invernia
que nos cansa a alma,
pela melancolia que nos invade os sentidos!

As flores recusam-nos
o colorido das sua pétalas
deixaram-se esmorecer
pela ausência de clorofila!

As aves escondidas em abrigos protetores,
calaram as suas melodias!

As ruas estão deprimidas
pela carência de sorrisos
das gentes que passam caladas,
encolhidas num silêncio molhado!

O tempo corre célere,
com ele vem a esperança de vindouros dias
aconchegados na Primavera
florida de bucólicas poesias
inventadas pelo calor e pela cor!

Cinzentos dias, darão lugar ao sol,
cânticos das aves, colorido das pétalas
serão milagre de metamorfose,
pela magnitude da Natureza,
que tudo transforma neste mundo
de encantos e desencantos.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Aconteceu






Coisas na vida acontecem,
Sem que haja plausível explicação...
Muitas vezes, mais parecem
Partidas do nosso coração.

Conhecer-te, foi suave e curioso,
Vieste devagar, sorrindo, encantada...
Numa conversa de tom gostoso,
Mostraste-te uma pessoa educada.

Seria empatia, carinho, amizade,
Ou tudo numa simbiose perfeita...
O que digo em abono da verdade,
Tu para o meu mal, tens a receita...

És doçura, beleza, carinho,
Num misto de encantamento e sedução...
Quero sempre, ter-te bem pertinho,
Vamos juntos vivermos esta emoção.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Tempo de alma gelada





O tempo está frio de alma gelada
chove lágrimas de saudade
que encharcam-me o ânimo
e deixam-me em nostalgia
pela lembrança daquele jardim de orquídeas
onde cresciam rosas também
juntamente com gardénias!

Recordo aquela rosa que eu colhi
do vermelho dos teus lábios,
com que adornei a tua bela orelha,
fazendo-te sevilhana de ar cigano
de tantos encantos e fascínios!

Quero sair deste torpor de memória,
retroceder neste tempo que me domina!

Quero reviver todos os belos momentos
que o outro tempo me usurpou,
sentar-me junto de ti,
naquele banco verde de esperança
e colher carícias das tuas mãos,
em pétalas de orquídeas,
com perfume de rosas
e fragrâncias de gardénias!

Deixar-me sonhar no teu ombro
este sonho que eu imagino, acordado!

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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