segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Ilusão


Quantas vezes, por estes caminhos da vida
encontramos veredas e escombros,
quando somos levados na ilusão sentida,
doce prazer de sermos levados em ombros.

Sempre me deixei embalar pelo coração,
tive momentos tristes, outros de felicidade,
em todos eles depositei grande ilusão,
porque sempre acreditei na sinceridade.

O tempo passa, morrem as horas nos dias,
as emoções vão esmorecendo nas noites,
as nossas almas perdem-se em utopias,
onde a paixão e a ilusão são como açoites.

José Carlos Moutinho
2012

domingo, 25 de agosto de 2013

Garota dos meus encantos



Garota, mulher da minha vida,
Tu ao apareceres no meu caminho,
Transformaste-me por completo,
Deixei de ser solitário triste
E acabrunhado no meu cantinho de tristeza,
Para me transformar num ser iluminado
Pelo brilho dos teus lindos olhos verdes
Que me encantam e abençoam,
É no teu sorriso que me deixo enlevar
Pelo prazer que inunda de paixão o meu coração!

Ai, garota dos meus encantos
Este amor que me transborda o coração
E me inunda alma, penetra tão fundo em mim,
Que tu te transformaste na minha essência!

Viver sem ti, seria como naufragar
Num mar de desilusões e amarguras,
É da tua felicidade, que sobrevive a minha
Na tua alegria está o meu desejo de viver,
Nos dias cinzentos da tua tristeza,
Apaga-se o sol com o meu sofrimento!

Amo-te tão profundamente,
Que só de imaginar perder-te,
Feneço, lenta e antecipadamente!

 José Carlos Moutinho

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Metáforas



Sentiria eu muita alegria e total fascínio,
Se conseguisse fazer das simples palavras,
Melodias que ecoassem pelas vielas da vida
E por caminhos margeados por flores,
Impregnadas de fragrâncias de amor!

Que criasse com as palavras que eu escrevo,
Rios, por onde deslizassem nos seus leitos,
Águas cristalinas de felicidade,
E onde em cascatas, mergulhassem,
Os prazeres da paixão
Nos lagos serenos do amor!

Tivesse eu esse dom,
Acreditem que me sentiria um ser diferente,
Talvez imbuído de sentimentos raros,
Onde cada segundo do meu sentir
Fosse eternidade do meu amor!
Que fizesse do bater do meu coração,
Suspiros de desejos incontidos,
Em sintonia com o vibrar do coração
Daquela bela mulher tão amada!

Ah...se as palavras que eu queria inventar
Fossem néctar dos beijos divididos,
Abraços no calor de dois corpos,
Em constante ebulição
De paixão e anseio,
Eu poderia gritar ao mundo,
Que conseguira encontrar a felicidade
Na doçura das palavras
Metaforicamente poéticas.

 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Palavras soltas




Solto palavras, como suspiros,
Que se perdem pelos atalhos das ilusões,
Deambulam por entre sentires
Que se esvoaçam como colibris,
Entre flores, em busca de néctares da vida!

Mas estas palavras caladas,
Esmorecem-se pela ausência dos perfumes
Ressequidos, pelos ventos do tempo,
E amolecem-se em recantos de saudade!

...E recordar como estas mesmas palavras
Tinham a força da alegria,
Conseguiam fazer vibrar corações
Ansiosos pela doçura, com que as palavras
Os acariciavam...

Agora neste tempo, tão sem tempo,
Cansaram-se as palavras,
Que de pálidas cores, vão fenecendo,
Sem a pujança e o arrojo de outrora,
Porque nos atalhos por onde deambulam
Não mais encontram ilusões,
Porque estas, se perderam nos mesmos atalhos,
Dos caminhos, onde as flores perderam o néctar,
E a vida foi finita pelos bicos cerrados dos colibris.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Desentendimentos



Se no esvoaçar das aves coloridas
Pelas emoções do amor incontido
Se acinzentam em nuvens de nadas,
Podem desviar o seu rumo ao futuro,
E somente a luz das estrelas
Da esperança, se fará confiança,
E trará novamente o colorido das sensações!

Toldam-se perturbados, os pensamentos,
Nas negras dúvidas que se fazem anseios,
Leva-nos à perda do encanto dos sentimentos,
Na dor que profunda, cerceia os enleios!

Amar na liberdade de cada um, tarefa árdua,
É como viver na ausência da claridade,
Onde a escuridão se torna dura mágoa,
Que leva inexorável à morte da felicidade!

Ah...como tudo é tão complicado nesta vida,
Onde caminhos de pequenos desentendimentos
Se tornam ingremes montanhas, de dor sentida,
Onde somos folhas secas sopradas pelos ventos!

José Carlos Moutinho.

sábado, 17 de agosto de 2013

Desejo



Ah...como desejei encontrar no meu correio
uma bela mensagem que me falasse do teu amor,
que me dissesse que serás minha amada, sem receio
de que o amanhã, possa trazer algum dissabor.

Que jamais me  trocarias, e fosses minha para sempre,
ainda que as circunstâncias sejam bastante adversas,
mesmo que as carências te forcem a desejo premente,
nunca trocaríamos os nossos caminhos e travessas.

Bem sei que são fantasias, ilusões e quimeras,
seres humanos têm defeitos, virtudes e desamores,
o desejo de hoje é perdido pela ânsia das esperas,
até um "eterno" amor, se perde entre outros ardores.

Dirás que sou um sonhador, irrealista e ultrapassado,
é o meu modo de viver, e de ser como pessoa que ama,
para mim, amar é ser egoísta, no desejo de ser amado,
não fazendo porém,  da paixão e do amor, um drama.

Com o meu carinho e amor, deixo esta informação:
conhecer-te, foi algo que me deu (dá) muita felicidade,
quando estou contigo é alegria é amor, é louca paixão,
perder-te, acredita, meu amor, seria uma fatalidade.

 José Carlos Moutinho

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Desistir de mim



Este silêncio que me murmura palavras caladas,
leva-me em pensamentos solitários em mim
para além do meu horizonte!

Perco-me na visão das folhas secas
que caem das árvores esmorecidas pelo tempo,
Vejo naquelas folhas cansadas
as vontades que de mim se esvaíram,
Tropeço neste meu caminhar
Pelo deserto do meu viver!

Quiçá aquela miragem que tremula lá longe
seja a fonte da água da vida,
escondida no oásis improvável do meu sentir!
Vagueio desorientado sob o calor
que impiedosamente me esgota o futuro,
em arritmia desordenada de esperança,
que se amolece nas areias escaldantes
e me faz render à dura realidade
do desistir de mim.

 José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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