quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Palavras soltas




Solto palavras, como suspiros,
Que se perdem pelos atalhos das ilusões,
Deambulam por entre sentires
Que se esvoaçam como colibris,
Entre flores, em busca de néctares da vida!

Mas estas palavras caladas,
Esmorecem-se pela ausência dos perfumes
Ressequidos, pelos ventos do tempo,
E amolecem-se em recantos de saudade!

...E recordar como estas mesmas palavras
Tinham a força da alegria,
Conseguiam fazer vibrar corações
Ansiosos pela doçura, com que as palavras
Os acariciavam...

Agora neste tempo, tão sem tempo,
Cansaram-se as palavras,
Que de pálidas cores, vão fenecendo,
Sem a pujança e o arrojo de outrora,
Porque nos atalhos por onde deambulam
Não mais encontram ilusões,
Porque estas, se perderam nos mesmos atalhos,
Dos caminhos, onde as flores perderam o néctar,
E a vida foi finita pelos bicos cerrados dos colibris.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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