domingo, 3 de fevereiro de 2019



Por vezes,
sinto-me amordaçado pelo tempo
tenho dificuldade em respirar,
e ao meu pensamento
surgem mãos que me estrangulam
abraços que me sufocam,
causando-me uma profunda angústia
que a minha imobilidade
não me permite esquivar,

mexo-me e remexo-me agitado,
envolto nos lençóis das memórias,

alaga-se-me o corpo
num suor doentio, escaldante
que me faz saltar da cama,
fugindo sobressaltado
do terrível pesadelo,

sentado na beira do leito,
aquietado, respiro profundamente
sinto um relaxante alívio,
serenamente fico em paz

José Carlos Moutinho
29/1/2019

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Um rio

O teu olhar era quase sempre vadio
fugia do meu, com subtileza
sentia-o imensamente vazio,
pensei que não tivesses certeza
de que o que sentias seria frio
ou se realmente era tristeza,
quando do teu rosto nasceu um rio
de águas cristalizadas pela tua beleza

José Carlos Moutinho
2/2/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Voar...

Voar silenciosamente pelo silêncio,
nas asas do amor,
é sentir a carícia da brisa
e o suspiro da alma
no bater rítmico do coração,
tornando a viagem num sonho
cuja emoção é o equilíbrio
sustentável do voo

José Carlos Moutinho
1/2/19

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Pesadelo (Áudio)


Cais da Alma edium editores

Dança no Tempo

Compulsivamente


Escrevo quase compulsivamente
simplesmente, por estranha ansiedade
sei que isso incomoda muita gente,
pouco me importa, pois sou verdade

Devia certamente, passar menos tempo
aqui, nesta sedentariedade doentia,
mas se faço deste meu tempo, poesia
porque razão devo soltar um lamento?

Sei alguns não podem escrever como eu
porque têm de trabalhar para este país,
mas eu mereci este descanso, meu jubileu
por isso escrevo, como jamais o fiz

José Carlos Moutinho
30/1/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Abraçado aos sonhos (Áudio)


Abraçado aos sonhos


Era um tempo de sonhos
vividos à velocidade da paixão dos momentos
afogados nas "imperiais" ou "finos"
adormecidos nas noites intermináveis
dos desejos!

Era um tempo tão docemente louco,
que o amanhã era utopia,
importante era o momento
abraçado a quimeras,
que, por vezes, a timidez
não permitia realizar...

E esse meu tempo…
não era de ninguém
mas sim de todos nós,
ou melhor, era um outro tempo,
que me fazia sonhar…
o mundo era meu
e podia viver simples e inocentemente
abraçado aos sonhos

José Carlos Moutinho
30/1/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

603 SOBRALINHO (V. F. Xira) 4k de José Carlos Moutinho-Coletânea António...

A brincar se faz um poema

Queria escrever um poema,
a inspiração estava fatigada
enfrentei por isso um dilema
usar aqui, uma forma cantada

Não têm qualquer interesse
os versos que fui inventando,
porém, como não havia stress
com as palavras fui brincando

E deu nesta bela obra prima
que muitos acharão uma piada,
mas reparem que tem boa rima
serviu para animar a rapaziada

José Carlos Moutinho
29/1/19

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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