quarta-feira, 17 de julho de 2019
Coisas
Gostaria de pintar o céu
de verde ou de alguma outra cor,
depois, cobria-o com um lindo véu
para nos encantar como a mais bela flor
São pensamentos imbuídos de utopia
que de tão improváveis são patéticos,
mas como tudo é permitido em poesia
talvez só não agrade a alguns cépticos
Fui que me lembrei de escrever isto
e fi-lo, calmamente, com alguma graça,
brinco com as palavras de imprevisto,
e decidi fazer deste poema uma chalaça
Poderá até escandalizar os puristas
de que a poesia é uma coisa muito séria
pode ser tudo o que quiserem os artistas
que fazem das palavras suas matérias
José Carlos Moutinho
17/7/19
terça-feira, 16 de julho de 2019
Escritor em Portugal
A luta é
tremendamente difícil e desigual,
processos de
divulgação estão arredados
ser pintor,
poeta ou escritor em Portugal,
é,
francamente, um real cabo dos trabalhos
Vale o nome
de quem escreve a obra
tantas vezes
sem nenhuma qualidade,
caminhada
terrível, esguia como cobra,
ando perdido
no meio desta insanidade
Pergunta que
pela cabeça tem-me passado
que faço eu
no meio desta selva fechada,
não tenho
nome conhecido nem predicado
e divulgar
um livro é tarefa tão complicada?
Com as
palavras, crio sentires de emoção
que, com
satisfação passo para o papel,
são poemas e
prosas nascidas da paixão
perpassadas
para livros com
um amor fiel
O
tempo na sua sabedoria me dirá, talvez,
qual
o caminho a seguir nesta minha viagem
se
passarei de autor vendedor a freguês
depois
de tanto viajar sem qualquer paragem
José
Carlos Moutinho
16/7/19
Ao abrigo do
Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
segunda-feira, 15 de julho de 2019
Escrevo
Gosto de escrever
sem motivo nem preocupação,
invento o que me der na gana
mesmo que haja quem não me saiba ler,
escrevo sempre em constante obstinação,
não me incomoda
se é poesia de enlevo,
choro de amor frustrado,
ou qualquer outro escrito de prosa
apaixonante ou em desvario,
entendo-me perfeitamente
com as palavras que, carinhosamente,
vou usando em estrofes livres
longas ou curtas,
quadras certinhas
ou em sonetos perfeitos
com métrica, rima e sei que lá que mais
exigido pelas leis das escritas
escrevo porque...
simplesmente gosto de escrever
que me critiquem
a quem lhes der prazer.
José Carlos Moutinho
15/7/19
Alucinações
Por vezes, visto-me de ilusões,
e, caminhando pelas palavras
penso-me criador de alegorias,
invento metáforas improváveis
que pinto em versos irregulares,
sem métrica, mas com sentido,
pensando construir um poema,
que agrade a quem o queira ler,
se, por acaso, ele não agradar
fica a minha palavra que tentei,
talvez na próxima eu consiga
a proeza, de fazer o poema tal
José Carlos Moutinho
15/7/19
domingo, 14 de julho de 2019
As minhas asas do tempo
Já viajei
tanto nas asas do tempo,
sinto que
este se vai cansando
pois suas
asas estão enfraquecendo
de tanto
lutarem contra o vento...
eu, simples
passageiro, vou apreciando
o esforço
que as asas vão fazendo,
ao tornarem
cada viagem num acontecimento
levando-me
feliz, pela vida, viajando
até que as
asas se cansem do tempo
José Carlos
Moutinho
14/7/19
sábado, 13 de julho de 2019
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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