quarta-feira, 20 de novembro de 2019
terça-feira, 19 de novembro de 2019
Todos partem
E todos partem!
Ricos, pobres e
remediados,
Intelectuais,
ignorantes e outros,
cantores, poetas e
escritores,
milionários, vagabundos
e miseráveis,
pintores, músicos e
outros
brancos, negros e
amarelos
católicos, budistas e evangelistas,
etc…
Todos partem!
Somos todos,
passageiros
deste carrossel da
vida,
nascemos com o destino
predefinido,
de que um dia teríamos
de partir,
ninguém é eterno!
Até a arrogância que se
opõe à humildade,
a ignorância que se
submete à sabedoria,
a riqueza esbanjadora
que ofusca a pobreza
avassaladora,
partirão com quem
parte,
nada fica!
Salvo, obviamente, as
obras
que os seus criadores
deixaram
para que outros
tivessem o prazer
de as contemplar!
Homenageio todos os que
deixaram marca,
em valor artístico,
social e humano
neste mundo de
preconceitos!
Todos partem, Paz às
suas Almas
que encontrem o paraíso
da Eternidade!
José Carlos Moutinho
19/11/19
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
Quero o calor
Deixa-me murmurar-te palavras coloridas
mesmo que te sintas cinzenta,
porque as palavras bem sentidas
fazem-te esquecer o que te desalenta
Escuta com doçura o que te digo:
tenho saudades do dia que me beijaste,
tanto tempo se passou, que castigo,
ai, meu Deus que tremendo desastre
Então se puderes dá-me um abraço
para que meu coração se acalente,
com tanto frio já nem sei o que faço,
quero o calor do verão bem quente
José Carlos Moutinho
18/11/19
domingo, 17 de novembro de 2019
Carrossel de loucos
Quisera eu, que este meu pouco tempo
fosse tanto do meu desejar
e que o voo das gaivotas
fosse a eternidade do meu sonhar,
que os muros da inquietude
se pintassem com os sorrisos do luar,
e os cansaços de desânimo
se vestissem de fantasia
em oásis de felicidade!
Quisera eu, que este mundo
onde nos desassossegamos
se fizesse crisálida
metamorfoseada borboleta colorida,
e que as montanhas altivas
afogassem a sua arrogante imponência
nas águas cristalinas dos riachos
que se passeiam pelos vales da igualdade!
Quisera eu tanto de improvável,
que me acolho humildemente
à minha insignificante presença
entre os meus semelhantes,
embora, alguns, surreais sonhadores
imbuídos de eternos anseios,
recusem reconhecer que,
em boa verdade, são, somente,
passageiros de um carrossel
de loucos, poetas e outros
José Carlos Moutinho
16/11/19
sábado, 16 de novembro de 2019
Folhas molhadas
nas folhas caídas e molhadas
de um Outono que nasceu chuvoso,
vi poesia pintada com o matizado do tempo,
aninhada no chão frio
e que, delicada, me olhava
com o sorriso das gotas da chuva
que serenamente caía do Além
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
Ai, os sonhos
Quis agarrar os sonhos
que me murmuravam ilusões,
mas os sonhos estavam nus,
não consegui segurá-los...
escoaram-se entre os meus dedos
como o fio de água
que corre na fonte dos devaneios,
corri, louco, em sua perseguição
porém, as minhas pernas
esmoreceram-se pela frustração
daquele meu desaire,
desisti, desanimado,
virei-me para o outro lado da cama
e esperei a vinda
de novos e mais amáveis sonhos
José Carlos Moutinho
15/11/19
quinta-feira, 14 de novembro de 2019
Poesia na Galeria 3: DESERTOS
Poesia na Galeria 3: DESERTOS: DESERTOS Os caminhos estão desertos, pelo chão espalham-se folhas secas caídas das árvores cansadas pelas palavras gritadas d...
Calo a voz
...
Calo a minha voz
guardo as minhas palavras
no silêncio da escrita,
ausento-me de vós
antes que a tarde seja proscrita
pela noite exausta e veloz
ansiosa pela madrugada
quando a incerteza se faz atroz
José Carlos Moutinho
14/11/19
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Que dia é esse?
Sei de um dia...
que nada mais será como desejei
embora tenha feito tudo para o realizar,
sei de um dia...
que sorrirei ou talvez me entristeça
pela minha incapacidade de entender o mundo,
sei de um dia...
em que vale mais ser do que ter
e compreender que as portas se fecham
aos que têm chave, mas não aos que têm acesso,
sei de um dia...
em que as desilusões ultrapassarão os anseios
e a esperança será mera e vã palavra,
que, infelizmente, se comprovará improvável
José Carlos Moutinho
13/11/19
Queria voar
Queria ter asas para voar,
sim, voar até onde tu estás,
depois, poderia, feliz, retornar
e se desejasse voltava atrás
Voaria ágil como um condor,
silencioso, com um desejo,
dizer-te do meu grande amor
através de um doce beijo
José Carlos Moutinho
13/11/19
terça-feira, 12 de novembro de 2019
Fotógrafo caminhante
Caminho eu por esta vida
cheio de ilusão e incerteza
espero, porém, levar de vencida
esta caminhada com presteza
Por vezes os caminhos têm muros
mas logo tento eu contorná-los
escolho,então, caminhos mais seguros
e com ironia passo a fotografá-los
José Carlos Moutinho
12/11/19
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Esvoaçam
Sobre sua cabeça, esvoaçam, livremente ,
folhas matizadas de sonhos,
que se haviam libertado
das amarras dos troncos,
têm asas feitas de pétalas de utopias,
perfumadas de maresia,
e voam a par das gaivotas
que lhe cantam melodias do mar
em ritmo de sedução e encantamento
José Carlos Moutinho
11/11/19
domingo, 10 de novembro de 2019
A jeito
Procuro e não encontro
o verso sem metáfora nem rima,
o problema com que me defronto
não se esconde ali na esquina
E o poema não aparece, teimoso,
insisto porque não sou de desistir,
também, porque não sou invejoso
das palavras que se recusam vir
O verso simples, porém, surge
aninhado em quadra sem defeito
porque para mim, o tempo já urge
escrevo o que me der mais jeito
José Carlos Moutinho
10/11/19
sábado, 9 de novembro de 2019
sem futuro
...
Em dias de nostalgia
calo meus sonhos na areia do tempo
e recuo aos anseios improváveis da juventude,
vestindo-me com trajes de poeta sonhador,
desconhecido e sem futuro
José Carlos Moutinho
9/11/19
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
Não quero
...
Não quero ser vento
desejo ser luar infinito
na alegria do meu tempo
onde, felizmente, eu habito
José Carlos Moutinho
8/11/19
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Poesia sem tiques
Gosto da poesia sem tiques
do mesmo jeito que eu sou,
embora não pertença aos chiques
sinto que a poesia me abraçou
há muito, sem quaisquer palpites
certa tarde que o vento levou
num tempo ainda sem artrites
mas que em mim se aconchegou
José Carlos Moutinho
7/11/19
Tanto, tanto...
Tanto mar e tantas marés por dominar
tantos sonhos por realizar
tanto tempo futilmente desperdiçado
em tão pouco tempo para se viver
tanto sol, tanta luz...sem capacidade
para iluminar tantas mentes
que se escondem na escuridão
tanta água cristalina corre em rios
de margens poluídas
José Carlos Moutinho
7/12/19
terça-feira, 5 de novembro de 2019
Vagueio do meu olhar
Os meus olhos vagueavam
pela lonjura
e perdiam nas margens,
o que o meu sentir tentava impedir
pelos suspiros no meu peito,
o agitar dos ramos das acácias
trazia-me a frescura das memórias
que eu havia deixado espalhadas
pelos caminhos escondidos entre florestas
rodeados de quiméricas miragens,
ainda sentia os cheiros fortes
oriundos dos mais recônditos espaços,
que eu desconhecia,
dada a minha pequenez
perante tamanha grandeza,
mas que me enchia a alma de anseios,
e agora o meu olhar
retornara àquele lugar,
que a minha mente
tentava aconchegar no baú
das coisas felizes,
para que a dor da saudade
não lhe atormentasse a alma,
ignorando, porém, a minha agitação
o meu olhar percorria, emocionado,
quase em êxtase, todos aqueles lugares,
observando, carinhosamente,
os caules das árvores do passado,
colhendo os perfumes das seivas do tempo,
sob o azulado céu da felicidade,
pela lonjura
e perdiam nas margens,
o que o meu sentir tentava impedir
pelos suspiros no meu peito,
o agitar dos ramos das acácias
trazia-me a frescura das memórias
que eu havia deixado espalhadas
pelos caminhos escondidos entre florestas
rodeados de quiméricas miragens,
ainda sentia os cheiros fortes
oriundos dos mais recônditos espaços,
que eu desconhecia,
dada a minha pequenez
perante tamanha grandeza,
mas que me enchia a alma de anseios,
e agora o meu olhar
retornara àquele lugar,
que a minha mente
tentava aconchegar no baú
das coisas felizes,
para que a dor da saudade
não lhe atormentasse a alma,
ignorando, porém, a minha agitação
o meu olhar percorria, emocionado,
quase em êxtase, todos aqueles lugares,
observando, carinhosamente,
os caules das árvores do passado,
colhendo os perfumes das seivas do tempo,
sob o azulado céu da felicidade,
a cada lembrança
que o meu olhar me transmitia,
o meu corpo estremecia
numa simbiose de alegria e tristeza,
e eu, impotente, mas solidário,
deixava-o vislumbrar
o que ele desejasse,
permitindo-me saciar
a ilusão daqueles momentos…
que me permitiam
recuar nas asas do tempo
à geografia das minhas emoções.
José Carlos Moutinho
(Reservados direitos de autor)
que o meu olhar me transmitia,
o meu corpo estremecia
numa simbiose de alegria e tristeza,
e eu, impotente, mas solidário,
deixava-o vislumbrar
o que ele desejasse,
permitindo-me saciar
a ilusão daqueles momentos…
que me permitiam
recuar nas asas do tempo
à geografia das minhas emoções.
José Carlos Moutinho
(Reservados direitos de autor)
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
Aquele meu Sol
Segurei nas minhas mãos
o sol que me acalentava,
queria guardá-lo para o soltar
nos dias cinzentos,
ou até, para amenizar o escurecer
das tardes cansadas,
agarrei-o com carinho, sem o apertar
com receio de que desmaiasse,
levei-o comigo para o cantinho dos sonhos,
onde pensava colocá-lo numa redoma de cristal,
chegado ao cantinho das quimeras,
delicadamente, depositei-o no vaso transparente,
porém, involuntariamente,
ao recuar, tropecei na cadeira das ilusões,
escorreguei, com a redoma ao alto,
tentando evitar que se quebrasse
se batesse no chão,
esforço infrutífero,
pois, a redoma saltou-se-me das mãos,
e no pavimento frio da esperança,
fez-se em mil pedaços,
por onde o sol se esgueirou,
nunca mais vi aquele sol,
que eu tanto acarinhara
e que desejava tê-lo sempre ao meu lado
José Carlos Moutinho
4/11/19
o sol que me acalentava,
queria guardá-lo para o soltar
nos dias cinzentos,
ou até, para amenizar o escurecer
das tardes cansadas,
agarrei-o com carinho, sem o apertar
com receio de que desmaiasse,
levei-o comigo para o cantinho dos sonhos,
onde pensava colocá-lo numa redoma de cristal,
chegado ao cantinho das quimeras,
delicadamente, depositei-o no vaso transparente,
porém, involuntariamente,
ao recuar, tropecei na cadeira das ilusões,
escorreguei, com a redoma ao alto,
tentando evitar que se quebrasse
se batesse no chão,
esforço infrutífero,
pois, a redoma saltou-se-me das mãos,
e no pavimento frio da esperança,
fez-se em mil pedaços,
por onde o sol se esgueirou,
nunca mais vi aquele sol,
que eu tanto acarinhara
e que desejava tê-lo sempre ao meu lado
José Carlos Moutinho
4/11/19
domingo, 3 de novembro de 2019
Divagando
Sei lá porquê, escrevo estes versos
risonhos, matizados de sonhos outonais...
será, quiçá, para contrariar pensamentos adversos
ou, quem sabe, se haverá outras coisas mais...
mas sei que os escrevi a pensar em nada
com a minha mente em absoluta serenidade,
por ela, suavemente, descem memórias pela escada
de um tempo onde a amizade era realidade...
sei lá, então, porque em silêncio as escrevi,
talvez, penso eu, por se domingo e estar em paz
e por não estar ausente de mim, pois estou aqui
embora não saiba responder, confesso, sou incapaz
José Carlos Moutinho
3/11/19
sábado, 2 de novembro de 2019
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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