terça-feira, 18 de outubro de 2022

#Apresentação de AMOR e GUERRA (Romance)

Há pouco mais de um ano, tive orgulhosamente o prazer de apresentar este romance,  
publicado pela grande editora Guerra e Paz.
Histórias de vida, sempre actuais 
e em particular para quem teve a felicidade de ter vivido em Angola.

domingo, 16 de outubro de 2022

# Duas simples quadras#

Sou anseio levado em pensamento
caminhante pelos percursos da vida
sou a verdade sem constrangimento
repudio os receios com uma cantiga

Com as palavras invento histórias
podem ser fingidas ou verdadeiras
umas de agora outras de memórias
importante é que tenham maneiras

José Carlos Moutinho
16/10/2022

#IL MIO PAVIMENTO# (O meu chão)

 O MEU CHÃO

este meu poema foi traduzido para italiano, pelo amigo Matteo de Matteo De Marzo:

Il mio pavimento

Su questa terra che calpesto,
che mi porta dolori e gioie
di questa vita fatta di sangue, sudore e amore,
di profumi di bellissimi
di fiori della speranza di nuove vite cammino, grato, sentendo il tuo battito! Cerco di inventare parole per questa terra, che mi accoglie nei momenti di delusione, mi abbraccia nella mia tristezza,
Mi sorride nella mia gioia e felicità
e ne trovo solo una, semplice, tuttavia, molto significativa nel suo valore.
Sei MAGNIFICA, terra,
per quello che offri a questo mondo,
che ti guarda e ti calpesta senza considerazione
e tu gentilmente ripaghi, il pane della vita, il vino della festa, i profumi dei fiori che incantano
gli alberi che ci rinfrescano, con la grandezza delle loro ombre!
Tu sei la terra dove giaccio stanco, sarai nel giudizio finale,
il mio letto dove ti farò mio compagno, nell'eternità del mio ultimo sonno!

José Carlos Moutinho

sábado, 15 de outubro de 2022

#FILOSOFANDO#

#Filosofando

 

Por entre as pedras de ilusões
caminhei resiliente e audaz
tantas foram minhas emoções
que descrevê-las sou incapaz
 
Porém, muitas foram as marés
que no meu mar se levantaram
enfrentei-as sem admitir revés
as fraquezas as ondas levaram
 
Mas o tempo comigo foi feliz
jamais me causou dissabores
os senãos foram-me tão subtis
no meu sentir só havia amores
 
Todavia, tudo passa, inexorável
meu caminhar alonga-se alegre
o tempo meu vai sendo aceitável
até que finitude nele se albergue
 
José Carlos Moutinho
15/10/2022

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

#Os meus poemas

 Mais um poema que resiste ao tempo...

Os meus poemas são pedaços da minha lua,
que iluminam as palavras que a minha alma escreve
são as minhas ilusões beijadas
pelo papel onde se inserem!
Os meus poemas,
são letras levadas pelo vento
para onde me possam ler,
com eles vão os meus anseios
para além do meu ser
em emoções que se perdem no infinito!

Os meus poemas têm no teu olhar o sentimento,
do meu beijo da saudade em ti;
a ausência das palavras cantadas,
são tristeza que os meus poemas choram!

Os meus poemas são o murmúrio doce
das águas que beijam o leito do rio,
na corrida para o mar!

Os meus poemas podem ser inventados ou vividos
com ou sem musa,
mas todos brotam
do mais profundo do meu sentir!

Os meus poemas...
podem não ser bons poemas,
mas são o vibrar da minha paixão,
de amor entre a alma e o coração.

José Carlos Moutinho
26/7/11

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

#Redondilha menor

Nesta redondilha
sorrio ao mundo
com esta partilha
de sentir profundo

Que se calem vozes
da vulgar descrença
em tempos atrozes
maldade é doença

José Carlos Moutinho
6/10/2022

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

# Minha terra era pequena

A minha terra era ainda tão pequena
Quando certo dia de Junho, nasci
Era uma manhã ensolarada e amena,
Nessa alvorada a luz do mundo eu vi

Na escassez nasci num belo palácio
Talvez por desígnio do destino,
Naquele dia foi traçado o prefácio
Da história da vida desse menino…

Com o passar do tempo a aldeia cresceu
Tal como eu que um certo dia a abandonei
cumprindo a ordem que o destino me deu

Quando voltei era vila, a minha aldeia
D’África o sol que lá longe deixei
Na saudade, minha alma é agora cheia

José Carlos Moutinho
8/3/18


domingo, 2 de outubro de 2022

# Fui tanto de tão pouco de mim

Fui vento voado pelo deserto do tempo
e sol matizado por exóticas cores,
fui perfume de terra molhada
e cacimbo nas noites tardias,
fui kissanje dos entardeceres dos batuques
e areia das praias morenas da Ilha de Luanda,
fui o olhar de encanto pelas quitandeiras
e o fascínio do seu pregão: olha o cacuso, senhora,
fui incrédulo ao ver criança nas costas da mãe
e fui sorriso do gesto humilde daquele nobre povo,

fui coração feliz nas rebitas
e admirador da enigmática Welwitschia,
fui o viajar pela lonjura das picadas de chão vermelho
e apaixonado pela tropicalidade

fui...
felicidade que se matizou em saudade,
saudade se que se colou no meu peito.

José Carlos Moutinho
in "MAR DE SAUDADE"

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

#Palavras rimadas

 Quando eu não tiver mais memória,
não sentir a brisa que passa serena
não conseguir contar a minha história,
é porque deixei de ser actor nesta cena
 
Com pensamento sereno gosto divagar
por caminhos que se julgam estranhos,
todavia, são próprios do nosso viajar
felicidade em momentos tamanhos
 
A vida é-nos oferecida sem a pedirmos,
temos, porém, que a aceitar com amor
e com carácter impoluto nos despirmos
das atitudes que causem danos e dor
 
Sinto, sem saber explicar, esta vontade
de escrever versos que possam desagradar,
há talvez, em mim, um sentir a verdade
de pelas palavras rimadas me encantar
 

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

#Há dias e dias

 Há dias cansados pelas amarguras
outros pelas ausências caladas,
alguns esmorecidos por rupturas
mais raros, alguns cheios de nadas!
 
Há também muitos de alegrias cantadas
por sereias do mar do meu pensamento
que passeiam pelas areias molhadas
em orgias de total deslumbramento!
 
O tempo veste-se do que quisermos
porque a vida é um teatro de marionetes
que colocamos aonde pudermos…
 
Com otimismo se enganam tristezas,
soltemos gargalhadas e foguetes
acabemos de vez com as fraquezas. 

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

#Coisas do silêncio

Quis calar o silêncio em mim
rebeliou-se e comigo gritou
que as coisas não eram assim
tinha o direito de falar e falou

Mas eu que do silêncio gosto,
por vezes gosto de o provocar
acho graça vê-lo mal disposto
quando o instigo a comigo falar

José Carlos Moutinho
22/9/2022

#Pensar em poesia

Deixa que passe o tempo
alegra-te por o sentires passar
não te zangues com o sopro do vento
porque tens a sorte de ainda por aqui estar
22/9/2022

terça-feira, 20 de setembro de 2022

#Imaginação

 

Sobre ondas de sentimentos
galgam emoções inquietas
que sopradas pelos ventos
são cantadas pelos poetas

Utopias em mentes soltas
brisas que exalam perfume
nem sequer marés revoltas
conseguem inventar ciúme

Navegar na solidão do tempo
inventando maresias de amor
é como o oscilar de catavento
vagueia sem rumo nem temor
 
Na imaginação de um poema
pintei na singeleza de uma tela
estes versos sem ter um tema
e, se calhar uma grande balela

José Carlos Moutinho
20/9/2022

sábado, 17 de setembro de 2022

#Ninguém como destinatário

 

Que mal te fizeram as palavras
para as tratares de modo tão rude?
Podes dedicar-te a outras lavras
porque é muito feia a tua atitude

Foi um conselho simples de amigo
para que outros não te critiquem
sabes bem que não sou teu inimigo
só para que contigo não impliquem
 
José Carlos Moutinho
17/9/2022

#É assim

 Levo-me tranquilamente nas asas do tempo
esperando que o vento não se aborreça
vou sorrindo e caminhando sem tormento
assobiando e cantando antes que escureça

jcm
17/9/2022

terça-feira, 13 de setembro de 2022

#CANTARAM-ME

#Cantaram-me

 

Certo dia cantaram-me as saudades
melodias de um tempo encantado
ignorava mentiras lembrava verdades
como se quisesse recordar o passado

Tom suave, tipo slow do nosso tempo
e eu dançava na imaginação de então
mas, como tudo, foi-se com o vento
deixou-me esta nostalgia no coração
 
Mas em mim vive eterna a saudade
que no cintilar do sol também da lua
lembra-me a cessão de uma realidade
que já não é minha nem sequer tua

José Carlos Moutinho
13/9/2022

sábado, 10 de setembro de 2022

#Brincadeira

 ...
Escuto o murmurar do vento
sob os ramos brilhantes da mulembeira
agarro-me aos braços do tempo
recuo ao meu tempo de brincadeira

jcm
10/9/2022

#Só porque gosto

 

Gosto das palavras em poema pequeno
embora este não seja muito apreciado
vejo, porém, tudo isso com um ar sereno
e vou escrevendo este meu palavreado

Também gosto daquelas estrofes vadias
que cantam sentires sem regra nem rima
creio que estas consigam mais simpatias
importa que a emoção o poema exprima

Assim, amigos, aqui deixo mais uma teoria
nestas singelas quadras sem qualquer valor
nem sei se entendo alguma coisa de poesia
mas sei que foram escritas por um sonhador
 
José Carlos Moutinho
10/9/2022

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

#Precisa

 ...
As gotas de chuva que molham teu rosto
são carícias indeléveis das mãos da brisa
talvez com a saudade do calor de Agosto
ou do teu sorriso que, certamente precisa

jcm
8/9/2022

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

#Apreciado

 Palavras desabrochadas no tempo
em forma simples de poema cantado
na brisa do sorriso leva-o o vento
para que seja por todos apreciado

jcm
7/9/2022

terça-feira, 6 de setembro de 2022

#Sulcaria

 

...
Ah...fosse eu marinheiro
e faria de ti o meu doce mar
sulcaria tuas ondas com meus beijos
e navegaríamos felizes por mares infinitos

jcm
6/9/2022

#Deixem-me

 ...

Deixem-me sonhar brisas
mesmo que a tempestade me provoque,
que a ventania amaine as marés revoltadas
e o esplendor do sol se difunda
por entre os espíritos desavindos
nos entardeceres da felicidade.

José Carlos Moutinho
6/9/2022

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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