Sentado no meu carro, junto ao mar,
Vejo as gaivotas esvoaçarem
No seu grasnar rouco;
Observo as árvores semi despidas,
Figuras grotescas,
Tais humanos esfarrapados;
As folhas caiem, em desequilíbrio,
Num zig zag de agonia;
As que ficam nos ramos, oscilam
Trémulas, carentes, saudosas
Das folhas que caíram ao chão;
Céu cinzento, triste
De inverno,
Ciclo de vida...
Por analogia, recordo as pessoas
Esfomeadas, que caiem pelas ruas
Onde vegetam, porque não vivem.
E é Natal!
Interrogo-me ingenuamente
Se as árvores têm Natal
Acho que não!
Estes seres humanos também não!
Divergências entre
Árvores e humanos...
As árvores têm o calor da mãe terra,
Esta gente
Não têm nada
Nem ninguém.
J.C.Moutinho
José,
ResponderEliminarFoi com muito gosto que andei a passear aqui no seu Blog
Gostei muito dos seus poemas
Obrigada
FELIZ NATAL!!!
Bjo
Susana Custódio
Olà meu kamba diami
ResponderEliminarGostei.
Um dia destes sou amiga de um poeta de mão cheia.
E quero ficar na fotografia,yá?
Votos de Festas Felizes.
Paz e Amor.
A de sempre
Clara
P.S. Ah e não te esqueças que as árvores podem não ter Natal, mas morrem de pé.