domingo, 9 de janeiro de 2011

Eternidade



Visto-me das gotas da chuva,
Que suavemente cai
E que me lavam a alma,
Do desassossego;

Na minha caminhada
Por esta estrada infinita,
Busco o oásis no deserto de mim,
Exalo os cheiros da terra molhada,
Escuto as vozes das andorinhas,
Clamando pela primavera da paz,
O mundo gira, num girar perdido
Como tômbola desgovernada,
Quero ver o arco-íris,
Com cores por inventar,
Quero chegar ao impossível,
Desvendar mistérios,
E encontrar estrelas,
No meio do nada,
Quero ter asas para voar,
Por lugares remotos do além,
Quero ver um luar,
Jamais imaginado,
Sentir a luz do sol,
Nunca sentida,
Quero ser catapultado para a irrealidade,
Para a eternidade!

J.C.Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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