quarta-feira, 30 de março de 2011

Alma que voa, sem rumo




Num ímpeto arrebatado,
A minha alma é levada a voar,
Pelo universo em busca do que nem eu sei!
O que será que a minha mente procura?
O desconhecido para satisfação do seu ego,
Ou talvez pela insatisfação e desassossego,
Do querer o que não sinto ou tenho.
Talvez a exacerbada avidez pelo inexistente,
Ou será consciência doentia
E desatinada pela inconsciência,
Da razão que se esvaiu?
E a alma voa, como mariposa,
Num vaivém descontrolado.
A esperança é eterna,
Quem sabe se um dia,
Esta minha inquieta alma,
Sossega e encontra o seu lugar paradisíaco
E tranquilamente,
Deixa de querer o que não tem,
Quando retornar a um outro ciclo!

José Carlos Moutinho


1 comentário:

  1. Poema na procura do teu próprio eu, ou do teu querer. Lindo. Quando nos interrogamos, entramos dentro de nós.
    «O que será que a minha mente procura?
    O desconhecido para satisfação do seu ego,
    Ou talvez pela insatisfação e desassossego,
    Do querer o que não sinto ou tenho.
    Talvez a exacerbada avidez pelo inexistente,
    Ou será consciência doentia
    E desatinada pela inconsciência,
    Da razão que se esvaiu?».
    Aqui está o poeta. Todo o poeta se interroga.
    Gostei.
    Abraço amigo

    ResponderEliminar

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

Ver esta publicação no Instagram

Live Planeta Azul Editora

Uma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a