Calo-me no silêncio das tuas palavras,
Que me perturbam os sentidos;
Tento no teu lapso de diálogo,
Imaginar o que passará pela tua cabeça
Porque acreditas nas mentiras,
Sem te preocupares com as verdades;
Olha as pedras da calçada que me levam a ti
E elas te dirão o que me vai na alma,
Pois a minha verdade está espelhada nelas,
A minha transparência é óbvia para todos,
Menos para ti!
Talvez tenhas deixado de me amar
E vais beber nas fontes da maledicência,
O que pensas ser o melhor para ti;
Desperta desse mutismo incoerente
E solta o teu desejo de seres minha;
Liberta-te desses grilhões invisíveis,
Que te prendem à irrealidade
E vive a felicidade do amor,
Junto de mim.
José Carlos Moutinho
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