Hoje acordei desejoso de algo novo,
Talvez um belo poema de amor!
Tentei, mas as palavras não surgiam,
Ou se vinham, eram palavras vãs,
Insisti, pensando:
Porque não me visitam as palavras?
Mas nada aparecia,
Desconfiei que fosse da inspiração,
Não, sempre a tive…
São as palavras que teimam,
Sempre me disseram que sou poeta,
Ou será que eu afinal não sou poeta?!
Mas elas terão de ceder à minha vontade,
Nem que sejam palavras ditas à toa,
Embora não seja de bom-tom,
Palavras sem sentido,
Mas nem mesmo essas me acudiam;
Desesperei e supliquei ao deus da escrita:
Ajudai-me
Quero escrever um poema de amor,
Quero que a minha amada
Saiba do meu amor secreto;
E nada!
Afinal as palavras, venciam-me.
Nem belas palavras, nem más palavras
Admiti que nada sou, perante elas
As palavras dominavam-me
E se insistem que não nos hão-de socorrer,
Não aparecem;
Talvez um outro dia,
Eu tenha mais sorte,
Ou as palavras estejam melhores comigo
E com o meu estado de espírito.
Aceito que hoje perdi
E o belo poema de amor,
Ficou por escrever por vontade das palavras!
E a minha amada,
Continua sem saber do meu amor secreto.
José Carlos Moutinho
Não o posso ajudar...mas pude lêr.
ResponderEliminarLindo poema de amor!
Palavras escritas..não ditas:)
Quando me comenta amigo, José Carlos?
Abraço amigo.
Palavras de amor, são como as cartas de amor.
ResponderEliminarQuem as não tem? - questionou o poeta -Todos as temos. As tuas palavras simplesmente não apareceram nesse dia.
Quem ficou a perder foi esse amor secreto que continua a não saber que tem um amor.
Lindo. Adorei o poema. beijos