O mar da saudade invade-me o peito,
Solta-me na pele, o sal das emoções
Vividas ao sabor das ondas!
Eu era a onda e tu a espuma
E rolávamos na areia da paixão;
Os nossos corpos febris de desejo,
Eram, pela água fria, acalmados;
O manto do pôr-do-sol cobria-nos
E o reflexo da sua luz nas águas,
Iluminava os nossos corações!
Os grãos de areia fina,
Na sua carícia natural,
Enlevava-nos num vibrar esotérico,
Como um voar nas emoções dos sentidos!
Os nossos corpos fundidos num só,
Em delirante geografia de perfeita harmonia,
Ofegavam numa arritmia delicada,
Que nos elevava pelo além,
Do Universo de suspiros e desejo,
E nos prostrava numa letargia perene.
José Carlos Moutinho
o mar há-de sempre nos levar, e a saudade há-de sempre chegar! desígnios e devaneios da sensação de viver!
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