domingo, 24 de julho de 2011

A subtileza da brisa





Tens nos gestos a subtileza da brisa,
Na tua voz a doçura melódica do murmúrio,
Timbre de excitante fascínio;
O teu olhar, brilho de estrelas cadentes,
Que me iluminam o meu sentir,
Penetrando fundo a minha alma!
As tuas mãos, ternura do êxtase, no afago,
Que me deleitam na carícia do teu desejo;
O calor do teu corpo, no abraço consentido,
Prazer enlouquecido pela razão que se vai;
O estremecer na vibração de nosso querer,
Pelos beijos que trocamos, leves como penas,
Que arrepiam os nossos corpos escaldantes,
Dilatam-se os poros, que se desidratam pela excitação;
Pensamentos que se perdem no nada,
O irracional, ocupa o trono do racional;
Apertados num só corpo, excitam-se dois corações,
No murmurar das nossas almas
E na vontade de nos sentirmos.

José Carlos Moutinho

2 comentários:

  1. Zé Carlos,

    Um todo com cada parte....como se cada parte fosse um todo!
    As mãos que falam, os gestos que se completam com a voz, num olhar cúmpice...
    ...e o pensamento perde-se no mundo das irracionalidades, mas tão racionais!
    Sensualidade calma!
    Bji

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  2. Este poema soou-me como uma brisa leve que me bateu na face no meio da tarde quente. Parabéns pelo blog, grande abraço

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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