quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Desencantos




Esmorecem-se os dias,
Cansam-se as tardes,
Sufocadas pelas neblinas das incertezas;
Agitam-se as árvores,
Caem folhas ressequidas,
Pelas amarguras de ventos desesperados,
Num mundo de enganos e falsidades;
Chora de tristeza o luar pela penumbra,
Que encobre as boas vontades
E escurece o colorido das belas flores;
Secaram as brisas da felicidade,
Que acariciavam os pensamentos;
Tornaram-se áridas as mãos que afagavam,
Amoleceram os braços que abraçavam;
As palavras levaram-se nos temporais da ingratidão,
Afogaram-se as verdades, nos mares da crueldade;
A esperança morre nos campos verdes!

Mas o universo revolta-se, modifica-se,
Dá ao sol mais luz, para que clareie o breu,
Das mentes perversas;
As estrelas cintilam a cada vibração do bem,
O luar azula-se em tons de sonho,
Nos sorrisos que acalentam as almas;
As flores desabrocham no encanto da vida;

Os humanos… Ah….Esses?
Continuam os mesmos!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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