Ah...Se eu fosse poeta,
e pudesse recriar o mundo,
faria da vida, o luar de Agosto!
Deixaria que a lua cheia
penetrasse luminosa nos corações,
de tanta gente que sofre
e que o calor deste Agosto,
fosse o abraço e o afago para os infelizes,
o alimento que mitigasse a fome!
Sob o manto deste fascinante luar de Agosto,
faria do chão duro e infértil,
o leito da fartura e da felicidade!
Ah...Se eu realmente fosse poeta
e tivesse o dom divino,
de fazer soltar o sorriso
em bocas fechadas,
pela dor da solidariedade ausente,
seria uma pessoa feliz,
acabaria com todos os males do mundo,
na bênção deste luar majestoso de Agosto!
Mas não sou poeta,
nem tampouco tenho o dom divino,
sou somente um ser, com sorte
de poder olhar este luar de Agosto,
com a tranquilidade do meu sossego,
e, de estômago aconchegado.
José Carlos Moutinho
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