Passavam pela minha rua,
como mariposas saltitantes
com a alegria da juventude
de cabelos ao vento,
seios eretos, escondidos em
blusas de xadrez
saias plissadas, que
ressaltavam belas e torneadas pernas...
E sorriam, falando animadas,
em voz alta,
como se estivessem em festa!
E estavam...
Na festa da vida,
da mocidade que as abraçava
em total desprendimento,
sem preconceitos nem alienações,
o sangue que lhes navegava o
corpo
tinha o vigor da pujança...
Esta a imagem, que se
esconde
no baú das minhas memórias
e que ao longo dos anos,
sempre me acompanhou,
ainda que ventos e
tempestades
das incongruências da vida,
me forçassem a perdê-las
nas brumas do esquecimento!
Ainda hoje,
quando as tardes se vão
encurtando
no calendário da minha vida,
recordo com saudade,
a imagem daquelas garotas,
que faziam o meu coração
sonhar,
na inocência da minha
puberdade.
José Carlos Moutinho
Belo... Se o coração não sonhar, nada tem graça!
ResponderEliminarParabéns, meu querido.
Paz, luz e poesia.
Forte abraço.
Tati.
http://tatian-esalles.blogspot.com.br/
Att.