quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Alvorada da vida



 
Passavam pela minha rua, como mariposas saltitantes
com a alegria da juventude de cabelos ao vento,
seios eretos, escondidos em blusas de xadrez
saias plissadas, que ressaltavam belas e torneadas pernas...
E sorriam, falando animadas, em voz alta,
como se estivessem em festa!
E estavam...
Na festa da vida,
da mocidade que as abraçava
em total desprendimento,
sem preconceitos nem alienações,
o sangue que lhes navegava o corpo
tinha o vigor da pujança...

Esta a imagem, que se esconde
no baú das minhas memórias
e que ao longo dos anos,
sempre me acompanhou,
ainda que ventos e tempestades
das incongruências da vida,
me forçassem a perdê-las
nas brumas do esquecimento!

Ainda hoje,
quando as tardes se vão encurtando
no calendário da minha vida,
recordo com saudade,
a imagem daquelas garotas,
que faziam o meu coração sonhar,
na inocência da minha puberdade.

José Carlos Moutinho

1 comentário:

  1. Belo... Se o coração não sonhar, nada tem graça!
    Parabéns, meu querido.

    Paz, luz e poesia.
    Forte abraço.
    Tati.

    http://tatian-esalles.blogspot.com.br/

    Att.

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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