Quando eu, de mim, for nada,
levo-me viajante, em nuvem
alva
por esse Infinito anil da
alvorada,
na serenidade da paz da
minha alma!
Dirão, na certeza do que sempre
acontece,
era uma pessoa que tinha a
sua ironia,
defeitos, muitos outros que
transparece,
porém, lá no fundo, tinha
alguma simpatia!
Nada mais me importará,
serei vento que dominará os
céus
no esplendor celestial;
Serei condor que me levará
nas suas asas,
por lugares nunca antes
visitados!
Serei a nuvem que abraçará o
mundo!
Quero ser a paz etérea,
purificar-me das maleitas
terrenas,
esquecer as maldades
mesquinhas!
Quebrarei as amarras das amizades
balofas,
irei agora olhar este mundo
louco,
com mais tolerância e benevolência,
infelizes não sabem o que
fazem!
José Carlos Moutinho
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