quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Quando eu for nada





Quando eu, de mim, for nada,
levo-me viajante, em nuvem alva
por esse Infinito anil da alvorada,
na serenidade da paz da minha alma!

Dirão, na certeza do que sempre acontece,
era uma pessoa que tinha a sua ironia,
defeitos, muitos outros que transparece,
porém, lá no fundo, tinha alguma simpatia!

Nada mais me importará,
serei vento que dominará os céus
no esplendor celestial;
Serei condor que me levará nas suas asas,
por lugares nunca antes visitados!
Serei a nuvem que abraçará o mundo!

Quero ser a paz etérea,
purificar-me das maleitas terrenas,
esquecer as maldades mesquinhas!
Quebrarei as amarras das amizades balofas,
irei agora olhar este mundo louco,
com mais tolerância e benevolência,
infelizes não sabem o que fazem!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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