quinta-feira, 21 de março de 2013

ÉS POESIA





És a folha seca esvoaçada
que se aconchega no remanso do rio,
és canoa que navega em águas revoltas!
És a ilusão inventada
do amor sucumbido;
És paixão exaltada por quimeras,
musa imaginada em utopias!
És a doçura do olhar na solidariedade,
raiva incontida na injustiça!
Podes ser dor e tristeza em melancolia
Como suspirar na nostalgia da saudade!
És o grito de alerta no teu patriotismo
pelos direitos que te negam!
És sorriso no enlevo dos namorados,
és canção na melodia das palavras!
És rude ou meiga, apaixonada ou não,
feliz pelo que dás,
infeliz na incompreensão
de te acharem inferior!
Encantas com as tuas palavras belas
na descrição da natureza,
deslumbras com as cores da Primavera!

Quem serás tu afinal...
Serás gente, serás vento,
quiçá brisa que nos acaricia
nas noites quentes de verão,
ou vendaval de sentimentos desatinados,
talvez tempestade em noites de tristeza!
Serás tudo isso,
serás amor e ódio,
mas és somente o enigma que se resume numa palavra:
ÉS POESIA

José Carlos Moutinho

2 comentários:


  1. Li o teu poema que me deixou encantada, como sempre me repetindo, mas é a verdade ! Até agora não posso dizer, que não gostei deste ou daquele poema, todos os que tenho lido me encantam ... Parabéns por mais este, e por todos que escreveste ;Com carinho da Célia.

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    1. Oh...como é bom receber um comentário desses, Célia Sousa. Muito obrigado. Beijinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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