És a folha seca esvoaçada
que se aconchega no remanso
do rio,
és canoa que navega em águas
revoltas!
És a ilusão inventada
do amor sucumbido;
És paixão exaltada por
quimeras,
musa imaginada em utopias!
És a doçura do olhar na
solidariedade,
raiva incontida na injustiça!
Podes ser dor e tristeza em melancolia
Como suspirar na nostalgia da
saudade!
És o grito de alerta no teu
patriotismo
pelos direitos que te negam!
És sorriso no enlevo dos
namorados,
és canção na melodia das
palavras!
És rude ou meiga, apaixonada
ou não,
feliz pelo que dás,
infeliz na incompreensão
de te acharem inferior!
Encantas com as tuas
palavras belas
na descrição da natureza,
deslumbras com as cores da
Primavera!
Quem serás tu afinal...
Serás gente, serás vento,
quiçá brisa que nos acaricia
nas noites quentes de verão,
ou vendaval de sentimentos
desatinados,
talvez tempestade em noites
de tristeza!
Serás tudo isso,
serás amor e ódio,
mas és somente o enigma que
se resume numa palavra:
ÉS POESIA
José Carlos Moutinho
ResponderEliminarLi o teu poema que me deixou encantada, como sempre me repetindo, mas é a verdade ! Até agora não posso dizer, que não gostei deste ou daquele poema, todos os que tenho lido me encantam ... Parabéns por mais este, e por todos que escreveste ;Com carinho da Célia.
Oh...como é bom receber um comentário desses, Célia Sousa. Muito obrigado. Beijinho
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