Desalento-me neste meu
sentir,
que se esbarra na parede do
vazio!
Ouço sons de tristeza,
em caudalosos choros de
águas sofridas,
rios que correm negros pela
angústia,
nuvens cinzentas ameaçadoras,
cobrem esta imagem de dor,
do verde sem esperança,
que margeia a torrente de
lágrimas
deste mundo surdo pelas
vaidades!
Ah...como eu anseio
que sorriam as noites dolorosas
de breu,
e se calem os gritos do
sofrimento
que ecoam nas estrelas
apagadas!
Desejo que o mar seja dócil,
para que o navegar sem rumo,
encontre um destino, um
porto de abrigo,
sob o manto do luar,
na paz da serenidade,
que tanto se ausenta da
humanidade
José Carlos Moutinho
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