Não sei porque o vento teima
em soprar
para longe, os meus
pensamentos...
Finco-me neste chão que me
sorri
agarro-me às minhas memórias
e repudio este estio ventoso;
Não quero perder a imagem
da minha amada
refletida na copa da
azinheira
frondosa, do querer da minha
mente,
ela que docemente me contempla
com os seus belos olhos
cintilantes
incandescentes de paixão!
Esqueço a eólica teimosia,
levo-me nos murmúrios
da brisa aconchegante
até junto da árvore
onde está o meu amor,
quero tocar-lhe
estendo os braços
acaricio as folhas
imaginando os seus dedos
delicados,
estremeço na aspereza dos
ramos!
Abro os olhos, confuso,
era somente a ilusão de uma
miragem.
José Carlos Moutinho
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