terça-feira, 11 de junho de 2013

Viajar pelas ilusões



Gostaria poder romper
estes elos invisíveis, que me prendem
como amarras carcomidas pelo tempo
das minhas incertezas!

Soltar-me na brisa
que silenciosa, cruza as ilusões,
abraçar-me aos sorrisos das emoções!

O meu suspirar é reprimido
por sentimentos cansados,
aspiro ar cortante e ressequido
pelo estio do deserto de mim,
busco o oásis das minhas quimeras
na esperança do afago da serenidade!

Tempestades de areias fustigantes
trazem-me dor calada, que me sufoca
e revolta por esta submissão
a vontades, que se alheiam de mim!

Grito no silêncio que me envolve,
derradeiro apelo aos meus sentidos,
escuto o eco de mim,
aspiro, tímido, o ar da esperança,
suspiro profundamente
e...sinto-me livre!

 José Carlos Moutinho

1 comentário:


  1. O que era da vida se não existisse ilusões...

    Gosto muito do poema; " o grito no silêncio"

    Com amizade um abraço Célia Sousa

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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