quinta-feira, 17 de abril de 2014

Liberdade de Abril





Enrosco-me desiludo
nas pétalas moribundas
dos cravos de abril,
com o peito comprimido pela desesperança!

A noite da liberdade,
foi devassada por ausência de patriotismo
de gente, que na vida,
não conheceu as amarguras
e dores dos poros
de onde brotou o suor
do rosto e do corpo dorido
na árdua luta pela subsistência!

Fazem-se ouvidos moucos
Ao Grandola, Vila morena,
Esquecem-se daquela madrugada
Onde nasceram sorrisos
nos jardins da esperança!

São esquecidos os direitos do povo,
dos mais básicos e incontroláveis
labor, pão e lar;
Arrastam o povo pelo chão duro da fome,
Afogam-nos na lama,
De indigna miséria,
expulsam-nos da nossa pátria,
fazem-nos emigrantes à força,
afundam as empresas,
mandam milhares para o desemprego
em nome do hipotético desenvolvimento!

Triste povo que se submete a tudo,
De boca fechada às palavras e ao pão;
Este pobre povo que dizem ser sereno,
Tão sereno que morre docemente,
À mingua e ao relento!

Viva a Liberdade!
Viva Portugal!
Viva o 25 Abril agora e sempre!
Viva este povo sofredor de brandos costumes,
Que tem de acordar
pela sua sobrevivência!
Abaixo a tirania e a incompetência.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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