Olho em meu redor e encontro
o vazio
no abraço do silêncio que me
sussurra
palavras de acalmia, que me
inspiram
nas horas caladas do tempo
que não sinto…
Sou brisa colorida pela
frescura da utopia
e sorrio para mim, corpo
metafísico que me penso…
Sinto o bater das asas do
meu pensamento
trazendo-me quimeras ajaezadas
de imagens
e invento-me surreal despido
de preconceitos,
viajante do mundo cinzento e
entristecido
levando a minha vontade pela
mudança
de que o amanhã se torne
mais florido
por gestos de benevolência e
humildade
fazendo dos abraços, afectos
de sinceridade!
Sou o que minha alma canta
em silêncio
nos momentos em que navego
pela solidão,
sei que nada sou e a este
mundo não pertenço,
vivo a minha inquietude,
escrevendo a emoção.
José Carlos Moutinho
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