terça-feira, 11 de julho de 2017

As palavras inquietam-se






As palavras inquietam-se em mim,
fervilham como vulcões de anseios,
inventam-se utopias de arlequim,
vestem-se em palavras de devaneios

Estas palavras que sorriem e choram
deixam-me sem saber o que escrever,
quando à minha mente não afloram
os poemas, que me dão mais prazer

Acabamos por nos entender, no final,
um pouco de imaginação, faço poema
que poderá sair bem ou talvez mal,
fica ao critério do apreciador do tema

Agora que a inquietude se fez remanso,
abraço-me às palavras minhas amigas,
grato, pois com elas jamais me canso
de escrever sonetos, fados ou cantigas

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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