As palavras
inquietam-se em mim,
fervilham como
vulcões de anseios,
inventam-se
utopias de arlequim,
vestem-se em
palavras de devaneios
Estas palavras
que sorriem e choram
deixam-me sem
saber o que escrever,
quando à minha
mente não afloram
os poemas, que
me dão mais prazer
Acabamos por
nos entender, no final,
um pouco de
imaginação, faço poema
que poderá
sair bem ou talvez mal,
fica ao
critério do apreciador do tema
Agora que a
inquietude se fez remanso,
abraço-me às palavras
minhas amigas,
grato, pois
com elas jamais me canso
de escrever sonetos,
fados ou cantigas
José Carlos
Moutinho
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