terça-feira, 30 de outubro de 2018

Pergunto-te ó poesia




Pergunto-te eu ó poesia

porque te escrevo eu

se te mostras indiferente

e te escondes entre a brisa

que o tempo esconde de mim?


Um dia zangar-me-ei contigo

e calarei bem fundo as palavras

que tinha para te enaltecer,

não gosto do teu jeito displicente,

talvez fiques até feliz,

se um dia eu mergulhar

nas águas profundas da tristeza

e sucumbir à irritante desilusão! 
 
Assim, ficarás livre de mim,
poderás dedicar-te
aos outros poetas que te adulam
e te fazem vaidosa e por vezes arrogante!


José Carlos Moutinho

30/10/18



Decreto-Lei, nº 63/85

dos direitos do autor

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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