Seguro os momentos
que tentam escapar-se,
abraço os sorrisos que passam
sorrio com o som dos pés dos passantes
que exibem um encantador bailado,
suspiro com a carícia da brisa
delicio-me com o canto das aves,
estremeço com o buzinar dos automóveis
cuja velocidade me perturba,
olho o céu, absorvo o seu azul...
e quando deixo de conseguir segurar os momentos
fixo o chão negro do asfalto da vida
sem cravos, nem rosas, só pó,
sinto-me sufocar pela loucura urbana...
cresce, então, em mim uma indolente saudade
dos tempos e dos momentos de outrora
José Carlos Moutinho
8/5/19
Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor
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