Olho-te e não te conheço,
mudas tão rapidamente
que me confundes,
há algum tempo, sorrias-me,
e repara, não passou tanto tempo,
agora, olho-te e tu desvias o olhar,
pareces envergonhado,
comprometido, talvez pela tua maldade
em correres vertiginosamente,
porque bem sabes, que me prejudicas,
mas não precisas ficar assim,
de cara amarrada,
eu vou-te entendendo,
creio que a tua missão é imperativa,
mas que não o fazes por antipatia,
para comigo,
acredito, que seja por obrigação,
obedeces às ordens cronológicas
que te impõem, ó tempo,
peço-te, porém, que sejas mais
tolerante,
menos inflexível
e tornes o meu tempo mais lento,
para que eu possa ter tempo
para estar contigo,
Escutaste, ó tempo?
José Carlos Moutinho
21/10/19
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