terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Ai, se eu soubesse







Ai, se eu soubesse
que gostavas de luar
oferecia-te a lua,
e se gostasses de maresia
punha o mar aos teus pés,
mas se eu soubesse
que gostarias dos entardeceres
tirá-los-ia do tempo,
para, só tu, os usufruíres,
e se o perfume das flores te encantasse
transformaria todos os jardins
num só, para ti...

Ai, se eu soubesse
que o teu olhar gostava de absorver
todas a belezas do mundo,
eu inventaria algum processo
para que fossem só tuas,
e, se eu soubesse que teu desejo
era ser rainha,
então, talvez, eu me fizesse teu servo,
para te seguir até ao infinito…


Ai, soubesse eu que teus desejos eram utopia
tão improváveis, que parecem uma miragem,
talvez, jamais, tivesse eu escrito esta poesia
que aqui, fantasiei como uma exótica miragem

José Carlos Moutinho
7/1/2020

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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