sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Como se fosse um poema

Não me procures 
nem sequer perguntes por mim, 
não me encontrarás 
tampouco alguém saberá responder-te, 
sou espuma de um tempo passado 
em onda serena de maré ensolarada, 
já fui caudal turbulento de rio 
sou a acalmia no cume da montanha, 
deixei marcas pelo caminho 
na minha viagem pelas emoções 
sou remanso dos meus sentimentos 
fui inquietude em agitado trigal 
sou reflexão na planície do discernimento!

Um dia serei lembrança, 
talvez saudade, 
hoje pouco ou nada sou, 
passo despercebido 
por entre jardins descoloridos, 
onde tento, pacientemente, 
e com simpatia 
plantar as mais belas flores.

José Carlos Moutinho 
9/1/2020 

Proibido o plágio 
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
dos direitos de autor

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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