Deixem-me fingir e sentir que sou poeta,
mesmo que não gostem da minha quimera,
embora possam pensar que é uma treta
eu escrevo, no verão, inverno ou primavera,
e para me deixar pensar nesta fantasia
vou inventando estrofes pintadas de amor,
se não for grande obra, será talvez poesia
navegada em anseios de grande fulgor,
portanto, deixem-me, amigos ou não
vestir-me de criador do poema vadio,
creiam que o faço com toda a emoção,
talvez alegre algum sentimento vazio
José Carlos Moutinho
10/1/2020
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