terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Tempo de juventude



As margens corriam contra mim, 
quando eu, ignorando a sua acalmia, 
passava por elas vertiginosamente 
numa correria inconsequente 
e rebeldia sadia, 
ou talvez não… 

Não importavam as consequências 
se a loucura era prazer, 
e as estradas negras de asfalto 
ou vermelhas de pó, 
livres, 
para se gozar a vida, 

porque o tempo, 
sempre o tempo… 
corria mais depressa que eu 
e o carro que me gritava, 
no roncar do seu motor 
mais, mais 
levava-me a desejar vencer 
a corrida contra aquele tempo, 

tempo de juventude, 
de exaltadas emoções, 
de paixões, amores 
e frustrações, 
de perdas e ganhos 
choros e risos, 
abraços e beijos… 
era a vertigem vivida 
num tempo sem tempo, 

era alegria, felicidade 
que trouxe a saudade 
à memória 

José Carlos Moutinho 
6/2/2020 





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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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