Queria escrever um poema
com a simplicidade da vida,
um poema que falasse, inocentemente,
das estrelas e do luar
que sempre me encantaram,
do perfume da maresia
que me aromatiza a alma,
que falasse também, das coisas boas
e dos amigos sinceros,
até mesmo aqueles que se fingem amigos,
um poema tão singelo, como as palavras,
mas...estas escusam-se,
não sei bem se, por medo,
ou por falta de inspiração,
a verdade é que o poema esmorece
no tardio do tempo,
e resguarda-se no recanto da esperança,
ansioso de que as palavras se encham
de coragem e gritem ao mundo
que estão vivas e saudosas da poesia,
até lá, fica este esboço de poema,
que, humildemente aguarda
que passe o turbilhão do momento
José Carlos Moutinho
27/3/2020
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