O que somos nós,
pobres viventes,
se não simples passageiros
nesta terra de dores e encantos,
tão frágeis como suspiro
tão arrogantes como vendaval?
Ai, se conseguíssemos parar e pensar
um pouquinho só, em cada dia,
entregarmo-nos à nossa insignificância
e reflectir do que vale a pena
para que se viva, minimamente feliz...
não...preferimos
correr em desatino,
buscando o improvável,
num anseio desmedido,
por vaidade, poder
e protagonismo!
Somos, porém,
tão...tanto e tão nada,
poderosos e de fragilidade efémera,
génios do bem e do mal,
famosos e desconhecidos,
presunçosos e humildes,
quem somos afinal,
se não vulneráveis seres
que sucumbem perante
um invisível vírus?
José Carlos Moutinho
25/3/2020
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