quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Quem sabe, um dia

 


Que sei eu de poesia

se não aprendi nos bancos da escola,
que sei eu de metáforas, rimas e métricas
estrofes e sonetos se ninguém me ensinou,
que sei eu de melodia poética
se de música sou um leigo?
 
O que efectivamente eu sei,
e disso posso garantir com a minha palavra
que sequer é de poesia, mas de verdade,
é que, francamente, escrevo porque gosto
sem me preocupar com pergaminhos,
faço-o pela vontade de uma força que desconheço,
escrevo porque há em mim
uma mola que catapulta as minhas palavras
para o papel obrigando-me a convertê-las em algo
que muitos dizem ser poesia,
a mim, porém, parecem pétalas de flores
que tenha retirado de algum jardim
escondido dentro da minha alma!
 
Que sei eu, pois, de poesia
se nunca me pensei poeta,
talvez, com boa vontade e ousadia
me sinta simples escrevinhador,
que tem a felicidade
de encontrar em quem me lê
a apreciação
que me dá uma glória nunca imaginada…
e que me leva a pensar,
com toda a humildade,
que, quem sabe, um dia virei a ser poeta…
 
talvez, quando eu deste mundo
tiver partido para minha eterna viagem…
 
José Carlos Moutinho
1/10/2020  
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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