estes elos invisíveis, que me prendem
como amarras carcomidas pelo tempo
das minhas incertezas!
Soltar-me na brisa
que silenciosa, cruza as ilusões,
abraçar-me aos sorrisos das emoções!
O meu suspirar é reprimido
por sentimentos cansados,
aspiro ar cortante e ressequido
pelo Estio do deserto de mim,
busco o oásis das minhas quimeras
na esperança do afago da serenidade!
Tempestades de areias fustigantes
trazem-me dor calada, que me sufoca
e revolta por esta submissão
a vontades, que se alheiam de mim!
Grito no silêncio que me envolve,
derradeiro apelo aos meus sentidos,
escuto o eco de mim,
aspiro, tímido, o ar da esperança,
suspiro profundamente
e...sinto-me livre!
José Carlos Moutinho
In “Mar de Saudade”
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