Quantas vezes
Me dá
vontade de rasgar posturas
E gritar aos ventos a minha insatisfação Derrubar muros de
conveniências
E
construir paredes de solidariedade!
Quantas vezes, ai, quantas… Sinto um aperto no peito Que cala
a minha voz
E
sustém as minhas palavras!
Ai
quantas vezes...
Me pergunto a razão de tanta agitação No mar da incompreensão
Quando as ondas perfumadas de maresia Se deleitam serenamente nas areias
Da
praia da harmonia!
Quantas vezes me interrogo Qual a razão de trampolins
Para se chegar habilidosamente ao cimo Quando se pode subir
Calmamente pelas escadas Da verdade...
Quantas
vezes me rebelo
Contra o sol que protege as sombras
Que se escondem nos atalhos
da vida Quantas vezes...
José Carlos Moutinho
In “Mar de Saudade”
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