Um poema "velhinho" talvez actual
Solto palavras sem nexo,
Que voam no dorso do vento para destino incerto
Talvez em busca da brancura do papel
Para nele se tornarem frases de amor;
Só sei que elas, agora nada me dizem,
São retalhos do tempo passado
Que se querem afirmar no tempo de agora,
Talvez na ilusão de que mudarão algo
Neste mundo, sem palavras de amor,
Mas de acções de guerra, sem palavras;
Diálogos que se perderam nas vontades
E se tornaram frios nas inimizades;
Palavras, sem rosto, nem expressão,
Na frieza do papel em que estão inseridas,
Que só serão sinceras e carinhosas,
No abraço amigo, apertado e fraterno;
Palavras ditas olhadas nos olhos,
São palavras afectivas, sem serem escritas!
Espero pois, que as minhas palavras
Que voaram com o vento,
Tenham chegado a um bom porto
E encontrado o papel e a cor da paz e alegria;
Se assim acontecer, as minhas palavras
Antes sem nexo,
Serão palavras de profundo amor.
José Carlos Moutinho
12/6/11
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