daquele belo rio da minha infância
navegavam meus anseios fulgentes
no sorriso sonhador da esperança
Mas o rio, transparente e cristalino
olhava-me com um olhar benevolente
eu, jovem fascinado, ainda menino
mergulhava nas suas águas, temente
Certo dia, longe nadei eu, temerário
buscar a bola que uma criança soltara
nadei contra a corrente, autoritário
as forças fraquejaram, quase lá ficara
Devo a vida a um jovem adolescente
que me ajudou a nadar até a margem
e, também, àquele meu rio, excelente
que perdoou minha arrojada coragem
José Carlos Moutinho
28/2/2023
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