Que sei eu da desdita?
Se nunca a conheci,
nem sequer, jamais, por ela tive interesse…
Que sei eu dos vendavais?
Se sempre me levei na serenidade das brisas
sob o calor do sorriso do sol…
Que sei eu da maldade?
Se em nenhum momento a pratiquei,
embora saiba que ela existe,
tantas vezes, hipocritamente, escondida…
Que sei eu da vida?
Se ela se veste de tanto mistério
e nos encaminha por onde deseja,
fazendo de nós, joguetes da sua vontade…
Que sei eu do tanto que existe
em formatos de todos os tipos e géneros,
alguns expostos outros invisíveis,
que julgamos haver na imensidão do nada?
Que sei eu da razão das guerras
e da ganância estúpida de certos líderes,
e, também, da arrogância desses energúmenos
imbuídos de vaidade e bestialidade?
Pois, em boa verdade,
pouco sei, da grandeza universal,
nem das atitudes da humanidade,
muito menos sei, da falsidade
que chafurda no lodo da desumanidade!
Mas sei, com a força do meu existir,
que viver é tão maravilhoso,
e que ter amigos…
daqueles que, não só, nos abraçam,
como estão connosco nos momentos cruciais
das nossa vidas.
José Carlos Moutinho
29/4/2024
Sem comentários:
Enviar um comentário