Ah, poeta de alma grande e inquieta
que calas as tuas mágoas
e gritas as dores do mundo
Liberta do teu peito
essa desilusão incontida
que te perturba e inibe teu sorriso
Faz de cada verso um caminho
da rima, constrói um marco de luz
na estrofe colocas toda a alegria
que a felicidade exalará pelo poema
Mas, poeta, jamais cales o grito
de liberdade e da resiliência
porque tu és a voz dos silenciados
Poeta, grande poeta,
do teu silêncio nasce a palavra
através da tua inspiração,
és o sorrir dos amargurados
a luz dos esquecidos
Ah, poeta,
ainda que na tua humildade queiras ignorar,
és a força da razão,
porque em poucas palavras libertas a verdade
clamas pela serenidade e paz
acutilas a hipocrisia e o cinismo
repeles a maldade e a vaidade…
…com essa tua singela e inata propriedade
de inventar amor, com a beleza da tua escrita
José Carlos Moutinho
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