sexta-feira, 27 de junho de 2025

# Sem que desejes

Quantas vezes, sem que desejes
encontras pedras no teu caminho
desvia-te delas e jamais as deixes
que te magoem como espinhos

Se procurares tens tantas opções
que te permitem fugir das dores
são momentos feitos de emoções
que surgem como as belas flores

Foi neste repente que aconteceu
esta curta viagem pelas palavras
nascidas autênticas, tal como eu
permitindo dizeres o que calavas
 
José Carlos Moutinho 
27/6/2025

quinta-feira, 26 de junho de 2025

#Interrogações

Porque chora o vento
se ele tem toda a liberdade
de poder viajar por onde desejar
sem que nada, nem ninguém o proíba?
 
E qual a razão que, ao contrário do vento,
que sopra, irrita-se, inflama-se, grita e chora,
a suave brisa, acaricia, beija, murmura e acalma…
 
será que a Brisa existe, somente para contrariar o vento?
 
Mistérios ou talvez não,
Já que são situações meteorológicas
que todos conhecem
no dia a dia do soprar dos tempos…
 
Por outro lado,
existem fenómenos da humanidade
que, esses sim, confundem e talvez sejam inexplicáveis
aqueles que berram, tumultuam, descompõem, ofendem,
provocam arruaças e tropelias, sempre descontentes
com o mundo e com eles próprios
depois…
ah…depois…felizmente,
há os de alma grande, de coração jubilante,
de pura amabilidade, simpatia, cortesia
de abraço sempre pronto e sorriso de amizade,
que servirão, sem dúvida,
para o equilíbrio da balança comportamental!
 
Nesta minha Introspecção meditativa,
sem preocupação pelo correr do tempo
nem sob pressão de alguém interrogador,
levo-me, ave voadora e solitária,
pelos céus do pensamento…
 
e…penso, penso…
sobre a razão da nossa existência
desde o nascer até ao fenecer,
qual é, afinal, o verdadeiro propósito da nossa missão,
no percurso pelas horas, dias e anos desta vida…
e de “só” termos determinado prazo
para realizarmos, o que, na maioria das vezes, não realizamos
porque, talvez, acreditemos
que teríamos muito mais para conseguir?
Isto sim, são para mim, obviamente,
mistérios indesvendáveis,
porque, como leigo, de alma crítica e curiosa,
e simples caminhante pela estrada desta vida
tento encontrar respostas,
que, a existirem,
certamente, só as encontrarei numa outra caminhada
quiçá, bem longe, do pó desta vida.
 
José Carlos Moutinho
22/6/2025 
Portugal

sexta-feira, 20 de junho de 2025

#TENHO SAUDADES (Vídeo)

#De repente...


Podes dizer tudo que te aprouver
mesmo que nada seja verdade
nunca poderás pensar ou dizer
que em mim morreu a saudade

Ainda que te atrevas a contrariar
todas as minhas emoções sinceras
resta dizer-te que não sabes amar,
pois vives, perdido em quimeras

Aceita com humildade o que digo
perde esse teu tom crítico e jocoso
saber viver, ter por perto um amigo
é um caminho sério e maravilhoso
 

José Carlos Moutinho

20/6/2025

quinta-feira, 19 de junho de 2025

#Tenho saudades

Tenho saudades das suaves e cálidas brisas
dos dias de acalmia beijados pelas emoções
 
Tenho saudades dos abraços sinceros
dos amigos desprendidos de preconceitos e vaidades
 
Tenho realmente muitas saudades
de outros tempos, tão recentes,
mas que, dolorosamente, me parecem longínquos
 
Se, por alguma razão, de ordem sentimental
pensarmos que…
o que é bom em determinado momento
o será para sempre nos dias que nos abraçam
e que por nós passam, indeléveis e silentes,
estamos, absolutamente, enganados
 
Nada é o que foi!
Ainda que esse FOI, tenha sido ontem
o HOJE é tão displicente e frio
que perturba até,
os ânimos da menor sensibilidade
 
A cada instante do dia a dia,
deparamos com total indiferença
daqueles que outrora se diziam amigos,
alguns haviam, que se intitulavam de admiradores,
quantas vezes, porém,
ultrapassando os limites do bom senso
numa descarada e hipócrita bajulação!?...
 
Mudam os tempos, mudam as ideias
os comportamentos perdem o valor de antanho
procede-se conforme a ocasião e a conveniência
com total despudor
e sem a menor preocupação de consciência
 
Claro que os tempos são outros
as guerras devem, certamente, perturbar as mentes frágeis
que se deixam levar pela facilidade
“do deixa para lá, que se lixe…
o que importa é que eu esteja bem”….
 
Confesso que abomino os comportamentos de tanta gente,
que fazem parte desta vivência em que me insiro
e eu, que de alma entristecida, permito-me ter saudades
daqueles outros tempos
onde a amizade, a palavra, a dignidade eram valores
inestimáveis.
 
Há desalento na caminhada que se previa airosa, sorridente e longa,
porém, os ventos contrários da emulação, dificultam o prosseguimento.
 
José Carlos Moutinho
19/6/2025

Portugal

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

Ver esta publicação no Instagram

Live Planeta Azul Editora

Uma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a