se ele tem toda a liberdade
de poder viajar por onde desejar
sem que nada, nem ninguém o proíba?
E qual a razão que, ao contrário do vento,
que sopra, irrita-se, inflama-se, grita e chora,
a suave brisa, acaricia, beija, murmura e acalma…
será que a Brisa existe, somente para contrariar o vento?
Mistérios ou talvez não,
Já que são situações meteorológicas
que todos conhecem
no dia a dia do soprar dos tempos…
Por outro lado,
existem fenómenos da humanidade
que, esses sim, confundem e talvez sejam inexplicáveis
aqueles que berram, tumultuam, descompõem, ofendem,
provocam arruaças e tropelias, sempre descontentes
com o mundo e com eles próprios
depois…
ah…depois…felizmente,
há os de alma grande, de coração jubilante,
de pura amabilidade, simpatia, cortesia
de abraço sempre pronto e sorriso de amizade,
que servirão, sem dúvida,
para o equilíbrio da balança comportamental!
Nesta minha Introspecção meditativa,
sem preocupação pelo correr do tempo
nem sob pressão de alguém interrogador,
levo-me, ave voadora e solitária,
pelos céus do pensamento…
e…penso, penso…
sobre a razão da nossa existência
desde o nascer até ao fenecer,
qual é, afinal, o verdadeiro propósito da nossa missão,
no percurso pelas horas, dias e anos desta vida…
e de “só” termos determinado prazo
para realizarmos, o que, na maioria das vezes, não realizamos
porque, talvez, acreditemos
que teríamos muito mais para conseguir?
Isto sim, são para mim, obviamente,
mistérios indesvendáveis,
porque, como leigo, de alma crítica e curiosa,
e simples caminhante pela estrada desta vida
tento encontrar respostas,
que, a existirem,
certamente, só as encontrarei numa outra caminhada
quiçá, bem longe, do pó desta vida.
José Carlos Moutinho
22/6/2025
Portugal
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