segunda-feira, 11 de agosto de 2025

# ESPONTANEIDADE


Dia e noite por aí vou eu
seguindo pela estrada
que a vida me ofereceu
numa já longa caminhada
 
Vi tanta coisa estranha
também certos encantos
viver é algo que entranha
por alegria e quebrantos
 
fui marinheiro e aviador
sem barco, nem aeroplano
naveguei através do amor
e até já voei por engano
 
Dizem que eu sou poeta
fico contente com certeza
não pensei ser uma meta
de tão enorme grandeza
 
Mas se tal coisa eu serei
resta-me dar continuidade
pois jamais me esquecerei
de escrever com verdade
 
Por aqui me fico com isto
versos singelos e amenos
pintados em curto registo
com sentimentos plenos

José Carlos Moutinho

10/8/2025

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

#Quando a saudade não dói

 

A saudade não dói, ela é um abraço
memórias que aquecem e trazem paz
um filme que passa num íntimo espaço
na ilusão de que consegue voltar atrás
 
Doce viajar por marcantes lembranças
apesar do tempo que as tenta esquecer
em nós existirão sempre as esperanças
de a qualquer instante as poder reviver
 
Em mim nunca houve dor na saudade
confesso até que me dá imenso prazer
imaginar voltar a viver uma realidade
que sei existir somente no meu querer
 
Gosto, pois, de recordar aquele sorriso
que, libertino, se soltou daquela boca
pensava ter sido para mim como aviso
que o meu desejo era uma coisa louca
 
E com estes encantados pensamentos
que se soltam de uma mente saudável
fazem acontecer ilusões e momentos
de me sentir alegre, vivo e confortável
 
José Carlos Moutinho
7/8/2025 
Portugal

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

#HAJA PAZ!

HAJA PAZ!
José Carlos Moutinho
Portugal 

Recentemente escrevi um texto sobre genocídio e, referia-me, obviamente, ao que se passa em Gaza, perante os olhos do mundo, dito civilizado.
O extermínio de um povo, quanto a mim é das indignidades mais miseráveis e degradantes da humanidade.
A região da Palestina é muitíssimo antiga, onde conviviam vários povos, entre eles, os hebreus, hoje judeus e, logicamente, os palestinianos.
Ora, com a entrega de uma determinada área, aos judeus que fugiram de onde viviam, pois foram expulsos, em especial, durante a II Guerra Mundial, pela Alemanha, onde foram chacinados milhões de seres, num autêntico genocídio do povo judeu, foi criado o pequeno Estado de Israel.
Mas essa área ocupada por aquele novel Estado, foi-se alargando, roubando terras aos palestinianos, que nunca tinham saído de suas terras.
Ora, perante estes factos, embora palestinianos e judeus convivem-se mais ou menos bem, porque os primeiros, mais pobres, necessitavam dos segundos, para terem empregos…o ódio escondia-se, mas almas dos que eram dominados.
Com a barbárie que no dia 7 de outubro, em Israel, causou a morte a centenas de pessoas inocentes, perpetrado pelos palestinianos, ou melhor, pelo Hamas, que governa ou governava a faixa de Gaza.
A vingança tem sido terrível e a matança de inocentes palestinianos, que são exterminados à bomba, por drones, por aviões e por fome é horrível.
Dizem os atacantes, que querem a entrega dos sequestrados. Treta!
Esse é o pretexto para matarem livremente, exterminando definitivamente, o povo Palestiniano, daquela região, da sua terra!
Será que Israel esqueceu-se do próprio genocídio a que foram submetidos em meados do Século XX, ou simplesmente, fazem deste genocídio uma brincadeira de prepotentes?
Os poderosos deste mundo estão doentes, fazem da guerra um jogo de força. Pobres coitados, pensam-se eternos, mas morrerão como todos e que a Justiça Divina, se existir, que os puna impiedosamente!
Haja paz!
 

7/8/2025

terça-feira, 5 de agosto de 2025

#GENOCÍDIO

 GENOCÍDIO
José Carlos Moutinho
Portugal
 
Vivemos num mundo tresloucado:
humanidade perturbada pela indiferença
perdeu-se a dignidade, humildade e sentimentos,
preferem a guerra à paz,
mandam matar com a mesma ligeireza
com que sorriem
 
Como é que hoje, século XXI
se ignora o que passa livremente,
perante o nosso olhar?
 
Como é que os governantes de tantos países
ditos democratas, optam por ignorar,
ou, quiçá, assobiar para o lado,
perante genocídios flagrantes
que, impunemente, acontecem
um pouco por todo o lado,
neste mundo tresloucado?
 
Que se passa na cabeça desta gente
que tem o poder de matar à bala ou à fome,
sem que sejam travados nesta barbárie infame?
 
De total loucura está este nosso planeta possuído,
energúmenos, sem alma,
bombardeiam bairros com a mesma tranquilidade,
com que bebem um copo de água
 
Outros, perturbados pela insanidade,
alvejam pessoas que procuram alimento,
como se fizessem, ludicamente, tiro ao alvo,
ou então, mais sadicamente,
proíbem-nos de receber o alimento,
que lhes mitigaria a fome,
e que se vai deteriorando, ao sol, nos camiões,
que humanos, com sentimentos enviaram
 
horrível genocídio!
Exterminar um povo é uma absoluta barbaridade,
e da mais baixa indignidade que poderá haver na humanidade!
 
Que futuro poderá haver numa região
em que o ódio é tão profundo
que, certamente, serão precisos séculos para que desapareça…
…se, entretanto, não acabar primeiro o povo palestiniano,
que os olhos do mundo, displicentemente, observa!
 
Agosto/2025

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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