segunda-feira, 16 de maio de 2011

A uma grande amiga, Maria José




Navego em águas azuis da alegria,
Em canoa inventada na amizade,
A oscilação das ondas da fraternidade,
Embala-me pelo leme da solidariedade!
O mundo, as pessoas, podem ser belos,
Quando se tem a felicidade,
De encontrar as pessoas certas,
Nos momentos certos;
Eu tive a bênção de ter amigos,
Inventados num mundo virtual,
Que se tornaram irmãos no real;
A confraternização séria e verdadeira
Que encontrei nestes últimos dias,
Fez-me pensar na beleza do ser humano.
Encontrei uma mulher bela de alma
E não só, mas amiga de coração,
Que fez de mim o seu herói de ficção,
Pela poesia que partilhamos;
Mulher morena, de encantos tamanhos,
Olhos com brilho de anjo,
Sorriso que cativa, como luz celeste;
Ser humano raro, iluminado,
De dar mais do que receber.
A ti, minha amiga para toda a vida,
A ti, Maria José com o meu carinho,
Aceita o meu abraço
Do fundo do meu coração
E o meu obrigado eterno!

José Carlos Moutinho

domingo, 15 de maio de 2011

Nas veias da paixão




Delicio-me no embalo do teu suspiro;
A tua respiração em mim, como brisa
Acaricia-me e me acalma;
Envolvo-me nos teus braços
E deixo-me apertado no teu peito,
Escuto as batidas do teu coração,
Como latejar da vida,
Nas veias da paixão;
Vejo-me espelhado
No lago azul dos teus olhos;
Os teus cabelos, sedosos
Afagam-me o corpo sedento de ti!
Enrosco-me mais, na concavidade
Do teu corpo esguio e quente
E sinto-me em outra galáxia,
Perdido nas palavras caladas,
Que os teus olhos me falam;
O teu beijo como desejo inventado,
Deixa-me em absoluta volúpia;
Soltam-se sorrisos, ouvem-se ais
É o êxtase em delírios sensuais.

José Carlos Moutinho


O céu a lua e sol, desapontados




O céu, e a lua a iluminar
Pousavam sobre os roseirais
Descansavam do seu fardo
Pelo que viam em baixo, na terra,
Sentiam-se cansados
Especialmente o céu, no imenso firmamento
Que tudo observava, estava desapontado
Com a injustiça e incompreensão;
A lua, que se esforçava por enviar o luar
Para que as pessoas pudessem ver-se sorrir,
Não conseguia esse objectivo;
As gentes não sorriam, agrediam-se.
Não se amavam, odiavam-se.
As estrelas piscavam sem descanso
Para sinalizar o caminho do bem, sem resultado.
Até o sol, que ainda estava no outro lado da terra,
Escondido, observando esta aflição do céu, da lua
E o esforço das estrelas,
Se sentia triste, desfocado, sem brilho
Por não conseguir aquecer os corações das gentes!
E os quatro reunidos, combinaram
Dar mais uma oportunidade ao mundo
E aos humanos,
Apresentando mais estrelas, o céu
A lua com um luar mais brilhante
E o Sol viria com todo o seu calor e amor
Para regenerar as gentes.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Tamanho do meu sentir




Agarro este silêncio invisível que me cerca
Como fantasma dos meus pensamentos em ti;
Abro os braços na busca do teu afecto em mim,
Encontro o nada, neste espaço vazio,
Mas cheio de silêncio, que me sufoca,
Somente aliviado pelo perfume que me inebria,
Das magnólias de que tanto gostavas
E que eu te oferecia nos momentos especiais
Do nosso enlevo e paixão,
De tantos momentos vividos;
Agora, na minha quietude
Resta-me escutar o chilrear desafinado dos pardais
Nos telhados da minha solidão,
Numa agonia que me entorpece o sentir!
Lá longe, tocam os sinos
Num repicar arrepiante,
Qual prenúncio da partida de alguém,
Que me faz lembrar que existe o Além;
Mas aqui, a vida tem a paz e a beleza
Do tamanho do meu sentir
E as cores e os cheiros do meu viver.

José Carlos Moutinho

Vergonha da humanidade




Escurece o dia, surge a noite;
O sol esconde-se, pelo seu ciclo
Ou por vergonha da humanidade;
Da penumbra nascem as ervas daninhas,
Voam os abutres da vida,
Na busca da carniça humana!
Mundo tresloucado, que voa na maldade
E na predação dos incautos.
É um salve-se quem puder,
Numa turbulência desatinada,
De mentes malignas, voando sobre o bem!
São as nuvens negras da perfídia,
Que obstruem a passagem da luz da lua
Que purificaria o ambiente putrefacto
Desta terra impura por seres indignos,
Que nem animais merecem ser chamados,
Porque ofendem os verdadeiros animais!
Felizmente nesta tresloucada parafernália,
Nem tudo é negativo;
As nuvens brancas da esperança
Veem translúcidas, na sua alvura
De algodão de pureza
Cobrir-nos como coroa divina;
Alerta-nos, para a beleza que nos cerca,
Fazendo-nos esquecer as amarguras,
Das desilusões e frustrações,
Desta vida passageira,
Que voa vertiginosamente,
Sem que os energúmenos da vida,
Se apercebam da sua imbecilidade.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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