segunda-feira, 2 de abril de 2018

Sem respostas


Trago no meu peito
um mundo de perguntas
que em nenhum tempo
consegui obter respostas,
são dúvidas, mágoas e queixumes
que as tardes de Inverno inventaram
e que as Primaveras calaram
escondendo-as nas pétalas das flores
que secaram nos dias matizados do Outono!

E as mágoas, queixumes e dúvidas
permanecem no meu peito
apesar de se sentirem afogueadas
pelo calor que não lhes permitia responder-me!

Quedo-me num dilema que me faz perdido
sem saber se as respostas virão
ou se são somente ideias minhas em desatino
sem direito a respostas
porque simplesmente não existem!

Não sei de nada,
já nem sei que na verdade senti algo
ou se o meu peito se descontrolou,
quiçá, por alguma brisa passageira
vinda nas asas do sonho
que a mim chegou nos braços de um desejo
na imagem de uma bela mulher

José Carlos Moutinho

Eu vou contigo

sábado, 31 de março de 2018

Caminhos árduos




Eram árduos os caminhos
que teimosamente, aqueles pés
pisavam, por entre pedras e espinhos
percorrendo dificuldades e sucessos de lés a lés

Porém, sua resiliência incentivava-os à caminhada
esperando que as pedras florissem
em acalmia pela longa estrada
e com amor a cobrissem

E a estrada floriu e o poema nasceu,
animou-se a ilusão voltaram os sonhos
as pedras sorriram felizes
e o horizonte matizado despontou
entre o verde do mar e o azul do céu

José Carlos Moutinho


sexta-feira, 30 de março de 2018

As vozes


As vozes não passavam dali
soavam a qualquer coisa falsa,
diferente do usual, com elas não me iludi,
pareciam vir de alguém com alma descalça


Podia ser unicamente impressão minha
e prestei ainda mais atenção aquele som,
realmente confirmei a impressão que eu tinha
as vozes que eu escutara não eram de bom tom


José Carlos Moutinho

quarta-feira, 28 de março de 2018

Basta um abraço


...
Podes sorrir
dizer palavras simpáticas,
mas se não sentires o sorriso
as palavras soarem a nada, por serem ocas,
de nada vale o que pensas ser importante!

Então, não sorrias, cala as palavras,
basta um abraço, porém, que seja sincero
para transmitires todo o sentimento
que se desprenda da tua alma!

E acredita que, até no abraço,
se não for sincero,
descobre-se facilmente a falsidade

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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