sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Esta vida


Esta vida está cada vez pior
já não sei mais o que devo fazer,
dizem alguns que até acabou o amor,
sinceramente não sei o que dizer…

Pelas ruas a barulheira é infernal
loucura a chinfrinada das buzinas,
ai, meu Deus que isto me faz tanto mal,
valha-nos o desfile das meninas!

Um dia destes partirei para longe
para um local onde ninguém me encontre,
ainda que pra isso me vista de monge…

Estou a pensar no horizonte infinito,
qualquer paraíso onde o sol desponte
e eu possa eliminar mosquito ao grito

José Carlos Moutinho
25/1/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

Comentários aos poemas


Amigos tomem em consideração
estes versos que aqui vos apresento,
neles está contida uma explicação
para ti que os lês, estares atento

Os poemas não querem respostas
aos conteúdos, neles inseridos,
pois, são somente emoções expostas
e jamais questionários aos amigos

Quero com isto dizer, com amizade,
que se um poema fala de um tema
o que ele deseja é obter sinceridade
na apreciação, e não causar dilema

Tenho observado que em vez da tal
observação ao poema se mau ou bom,
se é triste, dizem: já sofri desse mal,
colocando o comentário fora do tom

Assim, amigos e amigos dos amigos
pensem que os textos, não do poeta
os seus males, mas sim seus sentidos,
Comentem se a letra é boa ou treta

Não quero de modo algum melindrar
quem quer que esteja nesta situação,
desejo, grato, que continuem a apreciar
os poemas aqui deixados com emoção

José Carlos Moutinho
25/1/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Ai, se eu fosse político (Áudio)


Ai, se eu fosse político

Gostaria tanto de ir para a política
mas não tenho quem lá me ponha
parece-me uma arte tão mítica
que faz lembrar uma coisa medonha

Ai, ai, se eu fosse político
teria inimagináveis regalias
poderia ser um grande crítico
com muitas taras e manias

Não pertenço a clãs secretas,
como é que posso lá chegar
fico-me nas atitudes correctas,
que se lixe, o poleiro não ganhar

Uma coisa garanto, meus caros,
se eu fosse realmente político
teriam tacho amigos mais raros
mesmo que algum fosse somítico

José Carlos Moutinho
24/1/19

Já tive

Já tive gente que julgava serem amigos,
tive falsos amigos que não eram gente,
a vida concede-nos esses castigos
para que a escolha seja mais exigente!

Há também aqueles que não parecem
mas são na verdade, reais na amizade,
são os que, francamente, não padecem
do abominável defeito chamado falsidade

José Carlos Moutinho
24/1/19

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A FELICIDADE EXISTE

Naveguei sobre ondas de ansiedade,
atravessei o mar de doce esperança,
senti o calor que me dava forças
e o Luar que me iluminava,
nas noites de inquietude!

Tive como companheiras,
as estrelas da minha coragem,
enfrentei tempestades,
cruzei vendavais,
suportei as calúnias de dias nebulosos,
sofri com as chuvas intempestivas,
que me inundavam a alma
e tentavam congelar o meu coração!

Tive na fé e na ilusão a minha motivação,
porque a felicidade tem que ser vencida,
nos caminhos das desilusões
e as tempestades feitas contratempos,
diluíram-se na persistência,
de ventos e nuvens apaziguadoras,
metamorfoseadas em bonanças!

A verdade e a razão fizeram-se presença
e os sentimentos antes perturbados,
fizeram-se emoções sentidas,
na acalmia dos instantes agora vividos!

José Carlos Moutinho
In “Cantos da Eternidade”

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

domingo, 20 de janeiro de 2019

E vi pobreza (Áudio)


Sem âncoras nem amarras (Áudio)


Sem âncoras, nem amarras

Sento-me de frente para o mar
encantado com o marulhar das ondas,
deixo-me levar para longe,
bem longe… pela brisa
que afaga as águas calmas,
deste dia de verão,
até perder de vista a praia…

Só vejo o horizonte, num vazio
que ofusca pela existência de nada,
talvez a luz do crepúsculo,
do fim de tarde, que acentua o verde marinho
deste mar das minhas divagações…

Abraço-me à acalmia deste mar
e revivo-me das emoções,
de sentidas e vividas paixões,
por outros mares desta vida,
por vezes em turbulentas ondas,
que me arrastavam ao fundo da angústia,
outras que me elevavam aos píncaros da felicidade,
mas sempre navegando, sem âncoras
nem amarras, por esses oceanos infinitos,
mesmo que as águas não sejam límpidas,
de verdade e sinceridade,
sob a protecção de Neptuno,
seguirei sempre nas ondas do amor.

José Carlos Moutinho
In “Da Inquietude das palavras”

Decreto-Lei, nº 63/85
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sábado, 19 de janeiro de 2019

Conversei com o tempo


Estive a conversar com o tempo,
sim, esse tal que nos faz sentir
por vezes velho outras jovem iludido
e cheguei à simples conclusão,
que ele, o tempo, não nos escuta
creio até, que se ri da nossa aflição
porque passa rápido, sem parar
sequer olha para o lado para descansar
e nós, indefesos, sentimo-lo a correr
como se de maratona se tratasse
tentamos, por vezes, rir da sua corrida,
mas quando nos apercebemos
desse corropio...
notamos que, indiferente a nós, o tempo,
o tal, que corria sem parar
nos tinha deixado cansados
quase sem forças para continuar…
só nos resta, pois, tentar
numa displicência fingida, sorrir,
para que o nosso tempo
não deixe, precocemente de rir 


José Carlos Moutinho
19/1/19


Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Que mundo é este???


Que mundo é este???

Que ventos são estes
que sopram em desatino,
atravessam nuvens serenas
e desestabilizam as brisas da paciência...
que tempestades são estas
que nos encharcam a acalmia,
inundam os chãos da sinceridade
e afogam o discernimento da razão...
que sol é este
que se veste de opacidade
perante as palavras foscas
perturbadoras de mentes escuras...
que mundo é este???

José Carlos Moutinho
17/1/19

Decreto-Lei, nº 63/85
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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Tem calma ó tempo (Áudio)


Tem calma ó tempo


Não corras tanto, ó tempo,
porque corres tão depressa
se nem sequer és vento
que te incomode ou aborreça

Peço-te que deslizes devagar
assim não causas dissabor,
há gente que precisa de amar
sentir a felicidade do amor

Por isso, pensa bem ó tempo,
a criança tem de ser criança
o idoso deseja mais alento,
não esqueças esta lembrança

Corre devagar, cautelosamente,
dá mais tempo ao nosso tempo,
se o fizeres, tudo será diferente
talvez haja mais discernimento

José Carlos Moutinho
15/1/19

Decreto-Lei, nº 63/85
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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