domingo, 20 de janeiro de 2019

Sem âncoras, nem amarras

Sento-me de frente para o mar
encantado com o marulhar das ondas,
deixo-me levar para longe,
bem longe… pela brisa
que afaga as águas calmas,
deste dia de verão,
até perder de vista a praia…

Só vejo o horizonte, num vazio
que ofusca pela existência de nada,
talvez a luz do crepúsculo,
do fim de tarde, que acentua o verde marinho
deste mar das minhas divagações…

Abraço-me à acalmia deste mar
e revivo-me das emoções,
de sentidas e vividas paixões,
por outros mares desta vida,
por vezes em turbulentas ondas,
que me arrastavam ao fundo da angústia,
outras que me elevavam aos píncaros da felicidade,
mas sempre navegando, sem âncoras
nem amarras, por esses oceanos infinitos,
mesmo que as águas não sejam límpidas,
de verdade e sinceridade,
sob a protecção de Neptuno,
seguirei sempre nas ondas do amor.

José Carlos Moutinho
In “Da Inquietude das palavras”

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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